Nesta quinta-feira e sexta-feira, dias 25 e 26, o trem de passagens da Estrada de Ferro Carajás, operado pela mineradora Vale, não circula. Isso porque duas comunidades da Terra Indígena Mãe Maria fizeram um protesto às margens da EFC, e impedindo o tráfego de trens. Com isso, a Vale resolveu não circular com o trem de passageiros, que às segundas, quintas e sábados sai bem cedo de São Luís-MA com destino a Parauapebas, passando por Marabá.
A Reportagem do CORREIO recebeu a informação do fechamento da ferrovia por volta de 6 da manhã, acionou o setor de Imprensa da Vale, que só foi confirmar o fechamento da ferrovia às 10h30, depois que já havia feito a negociação com os indígenas e a Estrada de Ferro foi liberada.
A Reportagem também tentou descobrir qual a pauta dos indígenas da Terra Indígena Mãe Maria, localizada em Bom Jesus do Tocantins, mas os vários caciques consultados disseram que suas aldeias não participaram do movimento e desconheciam quais as aldeias fizeram o protesto.
Leia mais:Na TI Mãe Maria há, atualmente, mais de 30 aldeias, muitas delas com problemas sérios de infraestrutura. Como a EFC corta a terra indígena, a Vale mantém um Termo de Compromisso para apoiar as ações dentro das aldeias, que se aumentaram muito nos últimos anos a partir de divisões internas.
Abaixo, leia nota divulgada pela Vale nas primeiras horas desta quinta-feira: “A Estrada de Ferro Carajás está interditada por indígenas, na altura do km 696, no município de Bom
Jesus do Tocantins (PA). A interdição impede a circulação do trem de passageiros e trens de carga. Não há previsão de retorno. Equipe Vale está no local atuando no diálogo, a fim de reestabelecer a circulação o quanto antes.
Para os passageiros que desejam cancelar as passagens, o reembolso será realizado de forma integral, podendo ser solicitado no prazo de até 1 mês.
A remarcação pode ser realizada em até 1 ano da data da compra, sem cobrança de multa”.
(Ulisses Pompeu)