A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, quarta-feira (31), a Operação Alcatrão com o objetivo de desarticular associação criminosa responsável pela aquisição e distribuição de cigarros contrabandeados em Altamira e Vitória do Xingu, sudoeste do Pará.
Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, expedidos pela 1ºVara da Justiça Federal de Altamira. As investigações duraram oito meses, período em que a Polícia Federal de Altamira realizou três prisões em flagrante de contrabandistas locais e levantou informações importantes que puderam elucidar todo o modus operandi da organização criminosa.
Leia mais:Os cigarros contrabandeados têm origem do Paraguai e, ao chegarem em Goiânia, no Goiás, recebem nova distribuição, ocasião em que são fornecidos a contrabandistas locais do interior do Pará.
Já nestas cidades, policiais civis juntavam-se com contrabandistas locais para apreender ilegalmente carregamentos de cigarros de contrabandistas concorrentes, exigindo vantagem indevida para a não lavratura da prisão em flagrante.
Estima-se que o grupo criminoso movimentava mensalmente cerca de R$ 250 mil na atividade criminosa, valor equivalente a 250 caixas de cigarros contrabandeados. Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, contrabando e concussão, no teor dos artigos 288, 334-A, e 316, respectivamente, do Código Penal Brasileiro, e as penas podem chegar até oito anos de prisão.
O nome da operação se deve ao Alcatrão, conceito de um conglomerado de substâncias, escuro e com odor, que contém em cigarros. Ele pode gerar enfisema pulmonar e câncer, sendo esta doença aplicada metaforicamente à corrupção no país, que também foi objeto da investigação. (Divulgação/PF)