Mais uma peça foi colocada no tabuleiro onde disputam a Unimed Fama, seus beneficiários e os órgãos de justiça. Após o Correio de Carajás publicar a matéria sobre a ação civil que o Ministério Público do Pará (MPPA) está movendo contra a Unimed Fama e o Hospital Unimed em Marabá, chegou até a equipe de reportagem a informação de que colaboradores que foram demitidos da unidade de Parauapebas entraram com processo contra a cooperativa, devido ao não pagamento de seus direitos trabalhistas.
A decisão da tutela antecipada data desta semana, segunda-feira, 17, e o valor da causa é de R$ 742.567,57. No total, 20 ex-funcionários ajuizaram a reclamação. Concomitante à isso, este mesmo valor foi bloqueado das contas da Unimed Fama.
No processo, o juiz do trabalho Albeniz Martins e Silva Segundo entende que a situação dos reclamantes se enquadra como dispensa coletiva de empregados com desaparecimento do empregador, fator que resultou no desamparo dos trabalhadores e motivou o processo.
Leia mais:Diante desse novo cenário apresentado, fica claro que a empresa não preza pelo bem estar de seus clientes, nem de seus funcionários. Ao desaparecer sem realizar o pagamento dos valores rescisórios, a Unimed Fama coloca mais de 80 pessoas em um cenário de insegurança financeira, pois o não pagamento das verbas rescisórias, além de violar normas constitucionais, é um duro golpe na renda familiar desses colaboradores.
Lesados e com um futuro cheio de incertezas pela frente, os 20 reclamantes pedem, ainda, que seja autorizado o saque do FGTS e a liberação das guias para solicitação do seguro-desemprego.
CAUSA MARABAENSE
O Ministério Público do Pará, através da promotora Mayanna Silva de Souza Queiroz, propôs uma ação civil pública, com multa, aspirando a regularização dos atendimentos de urgência e emergência de cinco especialidades médicas no Hospital Unimed. Além desta entidade, Unimed Fama (cooperativa), é a outra requerida no processo.
A ação pede condenação às duas entidades por danos morais coletivos, em razão dos problemas e prejuízos que impactam os interesses do consumidor. O valor da causa, ainda que inestimável, foi fixado em R$ 100 mil.
No documento encaminhado à Justiça na semana passada, a promotora é enérgica ao apontar que os requeridos devem regularizar imediatamente o plantão médico presencial nas especialidades: clínica médica, anestesiologia, pediatria, cirurgia geral e ortopedia. Também impõe multa diária caso a ordem judicial seja descumprida. (Luciana Araújo)