Uma solenidade oficial vai marcar a entrega da gestão da PA-150 para a inciativa privada no início de julho. A data e o local não foram definidos, ainda, e dependem da agenda do governador Helder Barbalho, mas a partir do dia 1º a responsabilidade já será do consórcio que se habilitou. São 525,1 Km de extensão (incluindo parte da Alça Viária) que vão receber investimentos, mas que também vão passar a contar com pedágios a partir de 2025.
O CORREIO apurou que o encontro com Adler Silveira, secretário de Infraestrutura e Logística (Seinfra), foi na sede da secretaria em Belém e estavam presentes também os representantes do Consórcio Rota Pará. Os prefeitos presentes foram Itonir Tavares, de Jacundá; Drª Graça, de Nova Ipixuna; Francisco Davi Leite, de Goianésia; Nilma Lima, de Moju e Pedrinho da Balsa, prefeito do Acará. Marabá não estava representada.
“O negócio é muito organizado. Eles fizeram uma apresentação para nós mostrando onde vão ser os pedágios, os pátios de suporte da empresa. Pela infraestrutura que eles prometem investir, vai ser uma maravilha essa rodovia”, relata ao jornal o prefeito Itonir.
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O investimento imediato do Consórcio Rota Pará na rodovia deverá ser da ordem de 650 milhões, envolvendo melhorias, reconstrução, duplicação se alguns trechos e adequações que condizem com uma rodovia de gestão privada.
Deverão ser oito praças de pedágio entre Marabá, onde a rodovia começa, até próximo da região metropolitana de Belém, na alça Viária. As quatro primeiras praças serão construídas agora, entre 2024 e 2025, as demais a partir de 2026.
Dessas praças de pedágio previstas para imediato, uma será entre Marabá e Jacundá, a outra entre Jacundá e Goianésia e as demais no sentido à alça viária.
O segundo semestre deste ano será usado para construção dos pedágios, escritórios e pátios de apoio, assim como sinalizações. A cobrança só será iniciada em 2025 e, como já divulgado anteriormente, as motocicletas serão isentas de custo. Uma troca do asfalto só está prevista para 2026, embora as obrigações de manutenção já estejam vigentes de imediato.
O Governo do Pará divulgou que hoje gasta cerca de 70 milhões por mês com a manutenção da rodovia mais movimentada do Pará.
ENTENDA
Com mais de 330km de extensão, e com acesso ao porto de Vila do Conde, em Barcarena, passando por Tailândia, a PA-150 é uma das mais importantes rodovias para escoamento da produção paraense e do Centro-Oeste do Brasil.
O contrato prevê que a partir do 13º mês seguinte à assinatura do contrato de concessão, a empresa responsável poderá implementar a cobrança de pedágio. O valor mínimo da tarifa será de R$ 10,10 para veículos da categoria 1, que inclui automóveis, caminhonetes e furgões. O valor a ser pago por veículos pesados ainda não foi informado.
O consórcio prevê investimentos de aproximadamente R$ 650 milhões nos primeiros cinco anos de concessão.
As melhorias incluem a duplicação de 66 quilômetros, a adição de mais de 250 quilômetros de novos acostamentos e a criação de 30 quilômetros de terceiras faixas em trechos de 11 municípios. (Da Redação)