Correio de Carajás

Marabaenses brilham nas Paralimpíadas em Belém

Para a fase final, em novembro, em São Paulo, foram classificados 14 estudantes de 12 escolas diferentes

Projeto Marabá Paralímpico – Cerca de 21 alunos disputaram entre as quatro modalidades e juntos conquistaram 54 medalhas

Uma delegação de 21 alunos das redes municipal e estadual de Marabá viajou até Belém para disputar a fase estadual das Paralimpíadas Escolares, que aconteceu de 6 a 8 de junho. Os estudantes competiram nas modalidades de natação, atletismo, tênis de mesa e bocha adaptada. Os melhores se classificaram para a competição nacional, em São Paulo.

Os participantes fazem parte do Projeto Marabá Paralímpico, desenvolvido na disciplina de educação física adaptada. A equipe responsável pela viagem incluía os professores de educação física Arionaldo Borges e Luísa Crisóstomo, duas mães de alunos e quatro estagiários, com o apoio da Secretaria de Educação do município (Semed).

REPRESENTATIVIDADE

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O campeonato reuniu estudantes de 11 a 17 anos de diversos municípios do estado, que demonstraram suas habilidades em várias modalidades. Os alunos de Marabá conquistaram 54 medalhas: 41 de ouro, 8 de prata e 5 de bronze. Destaque para o recorde escolar nos 100m rasos, alcançado por Luís Fernando Pereira, da escola Pequeno Príncipe.

Luís Pereira é recordista das américas e bateu um novo recorde nos 100m rasos

A professora e educadora física Luísa Crisóstomo explicou ao Correio de Carajás que as modalidades de natação e tênis de mesa são para crianças com deficiências física, intelectual ou visual, enquanto a bocha adaptada é exclusiva para alunos tetraplégicos. Grande parte das medalhas foi conquistada pela natação, com 23 ouros e um bronze. O atletismo também foi bem-sucedido, com 17 ouros, 7 pratas e 4 bronzes. A bocha e o tênis de mesa garantiram uma medalha de ouro e uma de prata, respectivamente.

SUPERAÇÃO

Participar dessas competições vai além das limitações físicas, como reflete a professora Luísa: “Eles treinam arduamente e aprendem a ver além das suas limitações físicas. Acreditamos que a barreira está na mente”.

Segundo ela, ao começarem a treinar, os alunos percebem que são capazes de competir e ganhar, o que melhora a autoestima de cada um. Essas experiências transformadoras mostram que, apesar das dificuldades, eles podem alcançar grandes feitos.

CLASSIFICAÇÃO

Para a fase final, que acontecerá em novembro deste ano, em São Paulo, foram classificados 14 estudantes das escolas Liberdade, Tereza Donato de Araújo, Fátima Gadelha, Oneide Tavares, O Pequeno Príncipe, José Cursino de Azevedo, Irmã Theodora, Rio Tocantins, Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro, Josineide Tavares e Heloísa de Sousa Castro. As disputas serão nas categorias de natação, atletismo e bocha.

O sucesso dos alunos na fase do campeonato é um testemunho do poder do esporte em transformar vidas, promovendo inclusão e superação. Eles não apenas trouxeram orgulho para a cidade, mas também inspiraram muitos a acreditarem que, com dedicação e esforço, qualquer barreira pode ser superada. (Milla Andrade)