O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), alerta a população que neste sábado (8) acontece o “Dia D” de vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil), quando todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estarão abertas para imunizar as crianças de 1 a 4 anos de idade. A campanha está ocorrendo desde o dia 27 de maio.
Já para as crianças menores de 1 ano será avaliada a situação vacinal, iniciando ou completando a caderneta de acordo com a idade. Além disso, será um dia para alertar sobre a importância de seguir o esquema vacinal também contra o sarampo, por meio da vacina tríplice viral.
A poliomielite, doença infectocontagiosa aguda, é caracterizada pela contaminação pelo poliovírus, que pode causar paralisia muscular dos membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível, em casos graves podendo evoluir a óbito, sendo a vacinação a principal forma de prevenção.
Leia mais:Até 3 de junho, no Estado, foram vacinadas 10.000 crianças entre 1 a 4 anos de idade, de acordo com o Painel de Monitoramento do Ministério da Saúde (MS). Os números ainda apresentam uma baixa adesão do público-alvo, conforme explica a coordenadora de Imunização da Sespa, Jaíra Ataíde.
“É essencial que os pais ou responsáveis levem as crianças para se vacinar, pois, ainda que a doença tenha sido eliminada no Brasil, outros países apresentam casos de pólio, o que traz o risco de reintrodução da doença. Portanto, os níveis de baixa adesão são preocupantes”, afirma.
A Sespa reforça que a campanha deste ano, em particular, é importante para o enfrentamento à pólio, já que o Brasil está em fase de transição para substituir as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) para apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP), no formato injetável. Com a mudança, o esquema vacinal e a dose de reforço contra a doença, a partir do segundo semestre deste ano, serão feitos exclusivamente com a VIP.
“Desde a erradicação da doença, os órgãos de saúde vêm se empenhando para a manutenção dos indicadores, além da vigilância ativa para busca de casos de paralisia flácida aguda para que o Brasil se mantenha livre da doença. Para isso, é necessário também que os pais contribuam para manter esse quadro e elevar as coberturas vacinais”, alerta Jaíra Ataíde.
A maioria das pessoas infectadas não manifesta sintomas ou apresenta poucos sintomas, similares a outras doenças virais, como febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e no corpo, náuseas e vômitos, prisão de ventre, espasmos e rigidez. Nas formas mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores.
Neste sábado, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o Estado estarão abertas para imunizar as crianças.
(Agência Pará)