Das 26 brigadas do Exército Brasileiro, apenas seis são consideradas de emprego estratégico, e uma delas é justamente a 23ª Brigada de Infantaria de Selva, com base em Marabá, força pertencente ao contexto do Comando Militar do Norte e da 8ª Região Militar. É o que destaca o atual comandante, o general-de-brigada Eduardo da Veiga Cabral. Ele falou à reportagem do Correio de Carajás, em entrevista exclusiva no seu gabinete e avaliou o atual momento da estrutura e da tropa sob seu comando.
A brigada é composta pelas seguintes organizações militares: 50º Batalhão de Infantaria de Selva (50º BIS), com sede em Imperatriz-MA; 51º Batalhão de Infantaria de Selva (51º BIS), com sede em Altamira-PA; 53º Batalhão de Infantaria de Selva (53º BIS), com sede em Itaituba-PA; 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS), com sede em Marabá; 1° Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (1º GAC Sl), Marabá; 23° Batalhão Logístico de Selva (23º B Log Sl), Marabá; 23° Esquadrão de Cavalaria de Selva (23º Esqd C Sl), com sede em Tucuruí-P; Companhia de Comando da 23ª Brigada de Infantaria de Selva (Cia C/23ª Bda Inf Sl), Marabá; 23ª Companhia de Comunicações de Selva (23ª Cia Com Sl), Marabá; 6ª Companhia de Engenharia de Combate de Selva (6ª Cia E Cmb Sl), Marabá e 33º Pelotão de Polícia do Exército (33° PEl PE), Marabá.
Atualmente o efetivo tem 4.600 militares, entre homens e mulheres, nas cinco guarnições e o serviço militar obrigatório incorporou este ano 891 soldados, o chamado efetivo variável.
Leia mais:Sobre esta situação específica, o general destaca que aqui na região o Exército tem a sorte de contar com enorme interesse dos jovens pelo serviço militar, o que faz com que a procura sempre seja maior que oferta de vagas.
“O nosso jovem da região Norte é voluntário. Uma vez selecionados, eles são capacitados. Ao longo do serviço, sendo disciplinado, bom militar, tendo preparo físico, muitos são selecionados para fazer parte do efetivo profissional, podendo ser temporário, como soldado, cabo, sargento, por até oito anos”, avalia o comandante, destacando, ainda, que esses jovens retornam à sociedade, após o serviço militar, muito mais capacitados.
TECNOLOGIA
Questionado sobre o atual momento do EB no que diz respeito a tecnologia, o general Veiga explica como funciona: “O Exército possui um departamento de ciência e tecnologia, e esse departamento é responsável, então, pelos projetos que o EB desenvolve para acompanhar a evolução tecnológica no mundo. E é assim que vamos fazendo os nossos estudos e realizando novas aquisições de equipamentos, armamentos para estarmos mais preparados”.
Esses equipamentos de última geração também estão presentes aqui na 23ª Brigada, na área de comando e controle, equipamentos individuais, armamentos. “A nossa brigada possui armamento de última geração, muitas viaturas, muitas embarcações, muitos equipamentos, justamente para que possa cumprir essa missão tão importante que é de estar em permanente estado de prontidão, para se necessário for, em defesa da pátria, estar pronta para cumprir a missão”, responde.
BLINDADOS
Na visão do comandante, todos os projetos estratégicos do Exército, seguem recebendo apoio do Governo Federal e do Comando do Exército. Um exemplo, diz ele, é o projeto Guarani, que desenvolve a produção de um blindado para transporte de pessoal. “Nós aqui na 23ª Brigada recebemos no ano passado cinco novos guaranis”.
O veículo citado pelo general Veiga, o 1.580 VBTP-MR Guarani é hoje o principal blindado do país e chegou para substituir o Urutu. É um veículo blindado de seis rodas “muito moderno” e com foco no transporte de tropas, mas com versatilidade capaz de torná-lo apto a exercer outras funções – um tipo de blindado valorizado no mundo inteiro.
(Entrevista: Josseli Carvalho / texto: da Redação)