“O mundo está cada vez mais digital e conectado” é uma máxima repetida com a globalização das redes de comunicação através da internet. Mas ainda que o planeta esteja cada vez mais digital e conectado, o Pará está longe de ter uma internet de qualidade.
A Reportagem do CORREIO mergulhou nos dados da Anatel sobre o Índice Brasileiro de Conectividade (IBC), que revelam que o Pará tem um IBC de apenas 36,28 que, em uma escala de 0 a 100, é considerado uma conectividade muito baixa.
Em contrapartida, Marabá é uma das cidades paraenses que possuem um índice de conectividade maior que a média do Estado.
Leia mais:Os números expostos na plataforma da Anatel elencam as 10 cidades mais conectadas do Pará, onde Marabá ocupa a 6ª posição, com IBC de 66,51.
Ao analisar a localização geográfica dos municípios, é observado que a maior parte deles está concentrada na região metropolitana de Belém e próximo ao litoral do Estado, além dos principais municípios da região de Carajás, onde a mineração impera. Paragominas está no meio do caminho, em uma área onde o agronegócio é forte e a mineração idem.
Além disso, ambos os municípios possuem IBC acima de 60,81, considerado alto pela Anatel. Valor expressivamente maior que a média do Estado, que é de apenas 36,28.
É interessante observar que entre as 10 cidades mais conectadas, apenas cinco estão listadas entre as mais populosas do Pará. Dentre as mais povoadas que não integram a lista, duas possuem IBC considerado alto (Altamira e Santarém), duas com IBC médio (Itaituba e Abaetetuba) e uma com IBC baixo (Cametá).
Panorama das telecomunicações
Enquanto conectividade é definida como a capacidade de conectar dispositivos, sistemas, ambientes e dados, as telecomunicações (ou Telecom), são o nome do sistema que permite a troca de informações por distâncias significativas através de meios eletrônicos e pode se referir a todos os tipos de transmissão de voz, dados e vídeo.
O termo é amplo e inclui uma longa lista de tecnologias de transmissão de informações. Assim, Telecom pode conter telefones (com e sem fio), fibra óptica, satélites, transmissão de rádio e televisão, internet e até os antigos telégrafos.
Através de um painel de dados, a Anatel disponibiliza o panorama das telecomunicações no Brasil, recurso que possibilita a análise dessas informações e estatísticas.
Os números atuais disponíveis dizem respeito ao mês de novembro de 2023. Naquele período, Marabá registrou 44.391 acessos (número de assinantes dos serviços de telecomunicações) banda larga fixa. Com esse dado é possível chegar na densidade de banda larga do município, que é de 16,7 acessos a cada 100 habitantes. A cifra é calculada dividindo os acessos pela quantidade de domicílios.
Quando se olha para o Estado e o País, em novembro de 2023, percebe-se que a densidade marabaense é 53,2% maior que a do Pará, que é de 10,9 e 28% menor que a do Brasil, que é de 23,2. Em rankings, Marabá ocupa a 19ª colocação entre os 144 municípios paraenses, a 73ª entre os da região Norte e a 3.021ª em relação a todo o país.
Banda larga cresceu 666% em Marabá em cinco anos
Entre 2019 e 2023, o acesso à banda larga, em Marabá, cresceu cerca de 666%. No primeiro ano, o montante foi de 6.661; no segundo, 2020, início da pandemia de covid-19, chegou a 15.948 e deu um salto em 2021, atingindo 29.475.
Em 2020, o mundo estava descobrindo uma nova realidade com o distanciamento social e restrições sanitárias por conta da pandemia, iniciando uma adaptação a novas maneiras de trabalhar, ir à escola e conviver em sociedade.
Em 2021, essas práticas se tornaram sólidas, com aulas virtuais desde às crianças mais novas até os universitários mais velhos, assim como o “homeoffice”, popularizado entre os trabalhadores durante esse período. Esse contexto colabora para o aumento vertiginoso do número de assinantes do serviço.
Entretanto, no ano seguinte, quando as restrições pandêmicas diminuíram até findar, a quantidade de acessos caiu em 67% e foi para 19.866. Ao longo desse tempo o comércio e a economia, de modo geral, tiveram a oportunidade de se reestruturar, o que pode ter colaborado para o “boom” de novos acessos em 2023, quando o número mais que dobrou e alcançou 44.391 assinantes marabaenses.
Evolução de acessos pela telefonia móvel
Se os acessos banda larga cresceram durante os primeiros anos da pandemia de covid-19 em Marabá, os de telefonia móvel decaíram.
O painel da Anatel mostra que em 2019 o município registrava mais de meio milhão de assinantes do serviço, um total de 529.208.
O número teve um leve aumento de 6,5% em 2020 e chegou a 563.792, mas sofreu uma queda acentuada no ano seguinte. Em 2021 a quantidade de assinantes chegou a 349.917, ou seja, houve uma redução de 213.875 acessos em relação ao ano anterior.
Em 2022 ele seguiu com uma variação para baixo, mas dessa vez em uma quantidade mínima, apenas 6.726, ficando em 343.191. Uma leve recuperação foi registrada em 2023, quando o número subiu para 345.428.
Em termos de tecnologia de rede, em junho de 2023, Marabá registrou 89,9% da população coberta com 4G. Em novembro do mesmo ano, 261.644 acessos de telefonia móvel aconteceram através deste instrumento. Na sequência está a 2G, com 36.312 e logo abaixo a tecnologia mais recente, 5G, com 33.540.
Os dados gerais de acesso da telefonia móvel permitem uma reflexão sobre o impacto da pandemia de covid-19 no uso das tecnologias de comunicação.
Quando se fala em telefonia móvel, não é incomum que uma pessoa possua mais de um número de telefone registrado em seu CPF. Além disso, muitas empresas cultivam o hábito de confiar aos seus colaboradores os chamados “celulares coorporativos”.
Com a pandemia e o fechamento temporário – e algumas vezes definitivo – de diversos empreendimentos, reduções de gastos foram realizadas e muitos números corporativos cancelados. Ao passo que os profissionais iniciaram o teletrabalho, a necessidade de uma conexão banda larga cresceu, particularidade que pode ser vista no aumento de acessos desse tipo de conexão durante o período pandêmico.
Com o mundo de volta ao normal, e ao comparar os números de 2019 e 2023, pré e pós covid-19, o cenário da banda larga e da telefonia móvel, em Marabá, foi completamente modificado.
Enquanto os acessos banda larga cresceram 666%, os assinantes de telefonia móvel reduziram 65,27%.
TV por assinatura e telefonia fixa
Dois outros meios de telecomunicação, TV por assinatura e telefonia fixa também possuem seus dados apresentados pelo painel da Anatel.
O comportamento de ambos os recursos complementa as análises feitas sobre o impacto dos primeiros anos de pandemia de covid-19 nos acessos à banda larga e a telefonia móvel.
Os acessos de TV por assinatura tiveram uma redução gradativa de 2019 a 2023, indo de 4.343 para 1.229, queda que representa uma diminuição de 28,29% de assinantes do serviço.
Por outro lado, o aumento dos acessos, via banda larga, somado ao isolamento social ocasionado pela pandemia, proporcionou aos usuários uma nova possibilidade de consumo de entretenimento: as plataformas de streaming (transmissão audiovisual online). Em 2021 a revista Forbes revelou uma pesquisa da Kantar IBOPE Media que contabilizou que 58% dos usuários de internet consumiram mais vídeo e TV online em streaming pago durante os períodos de isolamento.
Enquanto as TVs digitais ganham mais espaço no rol de consumo dos usuários, a por assinatura ainda resiste, mas está caindo em desuso cada dia mais.
Já o comportamento do marabaense diante do uso da telefonia fixa é surpreendente. O meio de conexão apresentou um forte crescimento nos anos iniciais da pandemia, saindo de 12.308 em 2019, para 23.206 em 2020 e 24.359 em 2021.
Houve um declínio em 2022 e 2023, quando foi para 21.627 e 18.715, respectivamente.
Em termos comparativos, enquanto os acessos de telefonia móvel caíram 65,27% entre 2019 e 2023, a telefonia fixa, entre altos e baixos, cresceu 52,05%.
Números absolutos revelam a discrepância entre os assinantes das duas modalidades, enquanto a móvel registrou 345.428 em 2023, a fixa contabiliza apenas 18.715 no mesmo ano. Apesar disso, o percentual de aumento e queda de assinantes fala por si só.
Veja qual é o panorama das telecomunicações em Parauapebas
Com 267.836 habitantes, 1.303 a mais do que Marabá, o município de Parauapebas apresenta um panorama de telecomunicações diferente em algumas categorias.
A quantidade de acessos banda larga, em novembro de 2023, é similar à Marabá. Parauapebas chegou a 44.942, um total de 551 a mais do que Marabá. Ao observar o gráfico de evolução entre 2019 e 2023, percebe-se um aumento de 262,92% nos acessos.
No primeiro ano analisado, a quantidade era de 17.093. Depois foi para 20.316, depois 33.996, então 42.671 e por fim, 44.942 nos quatro anos seguintes (2019, 2020, 2021, 2022 e 2023, respectivamente).
Já a telefonia móvel cresceu expressivos 76,76%, ao contrário de Marabá que registrou uma queda de 65,27% nos acessos. Parauapebas saiu de 186.782 em 2019, para 330.160 em 2023. Além disso, 95,7% da população parauapebense estava coberta com tecnologia 4G em junho de 2023. A maioria dos acessos do município também acontece através desse tipo de rede, sendo seguida da 5G, 2G e 3G.
Quando se fala em TV por assinatura, os dados mostram uma instabilidade ao longo dos cinco anos analisados, havendo aumento e queda de maneira sequenciada.
Em 2019 foram registrados 4.601 acessos, número que cresceu em 2020 e foi para 4.865. Já em 2021 houve uma queda, chegando a 3.841 e voltou a subir em 2022, alcançando 4.447. Com o declínio em 2023, a quantidade de assinantes de TV por assinatura foi de 3.378, o menor registrado durante esses anos.
E, ao contrário de Marabá, a telefonia fixa caiu 64,25%, indo de 6.046 em 2019 para 3.885 em 2023.
Analisando o IBC
O Índice Brasileiro de Conectividade (IBC), criado pela Anatel, é consequência da composição ponderada de sete variáveis: a densidade de acessos móveis de telefonia móvel; a densidade de acessos de banda larga fixa; o percentual da população coberta por telefonia móvel; adensamento de estações; existência de “backhaul” de fibra ótica nas respectivas localidades; grau de competitividade de banda larga fixa e telefonia móvel, medido pelo inverso do índice de Herfindahl–Hirschman (HHI).
O índice classifica em uma escala de 0 a 100 o grau de conectividade em todo o país, considerado alta quando superior a 60,81, como média entre 52,33 e 60,81, baixa entre 37,26 e 52,33 e muito baixa quando inferior a 37,26, que é o caso do Pará.
No ranking nacional, o Distrito Federal está em 1º, com 95,24, seguido de Santa Catarina com 87,35 e São Paulo, com 87,29. O Pará é o 23º estado da lista.
Ao olhar para o recorte da região Norte, é possível enxergar o Estado em 5º lugar, atrás do Amapá, Rondônia, Tocantins e Acre e superando apenas o Amazonas e o Roraima. O índice paraense é tão baixo que chega a ser menor que a média dos estados nortistas, que é de 42,5.
Um índice muito baixo de conectividade pode significar que, em determinadas regiões do Estado, a população e a conexão digital não estão no mesmo lugar, fenômeno conhecido como “apagão de conectividade”, e acontece principalmente fora dos grandes centros urbanos.
O ideal de integração por trás do conceito de conectividade, fala que não basta garantir o acesso, mas também o compartilhamento em tempo real de dados em inúmeros locais e por diversos usuários.
Além desses fatores, os dados do IBC são significativos para compreender o mercado de telecomunicações local, visualizar onde a presença de conexão é menor ou inexistente e identificar as áreas de apagão de conectividade dentro e fora dos centros urbanos das cidades.
No Pará, as áreas rurais – principalmente as mais afastadas da zona urbana – raramente possuem conexão com a internet, seja por fibra óptica ou dados móveis, particularidade que registra a falta de investimento na implantação de conexão digital nesses locais.
Um estudo recente, realizado em 2023, coloca o Estado como aquele que tem o menor percentual da população com conectividade significativa: somente 7,5%.
Somado ao IBC, os dados revelam que não apenas uma grande parte da população paraense está desconectada, mas também que a qualidade do acesso daqueles que possuem conexão ainda é baixa.
Analisando a conectividade significativa
Ao contrário do que o senso comum possa indicar, a internet não está ao alcance de todos e todas no Brasil.
O Índice de Conectividade do Brasil (IBC) mapeia o quão conectado é o país, seus estados e municípios. Por outro lado, o estudo de conectividade significativa faz revelações sobre a qualidade dessa conexão.
A pesquisa realizada em 2023 elabora que “questões relacionadas à qualidade do acesso, dispositivos disponíveis para uso e habilidades digitais, entre outras, devem ser consideradas para promover uma conectividade significativa da população e das organizações que utilizam a rede”.
De maneira inédita, o estudo avalia fatores distintos sobre conexão à internet e revela que mesmo o país tendo um percentual elevado de conexão, a qualidade de acesso ainda é baixa.
É o caso do Pará, considerado o pior estado em conectividade significativa, com um percentual de apenas 7,5%. O dado é obtido através da análise de nove indicadores, que escalonam em quatro faixas de scores: de 0 a 2; 3 a 4; 5 a 6 e 7 a 9. Quanto menor o score, pior a conectividade.
No caso do Pará, a maior parcela da população está enquadrada na faixa de 0 a 2, representando 47,2% de nível. Conforme as faixas aumentam, o percentual paraense diminuiu, ficando em 26,3%, 19% e 7,5%.
Em termos simplificados, um score de 0 indica ausência de todas as características medidas pelo estudo, enquanto um score de 9 apresenta todas as características analisadas. Um score intermediário, por exemplo, na faixa 5, é aquele que possui 5 das 9 características aferidas.
As qualidades que caracterizam um score de 9 dizem respeito a um indivíduo que vive em um domicílio com computador e com conexão à Internet (por fibra óptica ou cabo), com velocidade superior a 10 Mbps, que custe menos de 2% da renda domiciliar.
Além disso, neste domicílio, existe mais de um aparelho individual de acesso à Internet (como telefones celulares, desktop, notebook e/ou tablet) por morador de 10 anos ou mais. Por fim, o indivíduo é usuário de computador e de telefone celular (com plano pós-pago) e acessa a Internet diariamente, tanto de casa como de outros locais.
Os quatro níveis de conectividade significativa retratam uma simples categorização da população a partir do score observado para cada indivíduo.
O primeiro grupo é formado por aqueles com as piores condições de conectividade, com scores entre 0 e 2. O segundo, ainda vulnerável, abarca indivíduos com scores 3 ou 4. O terceiro grupo contém os indivíduos com scores 5 ou 6, indicando condições intermediárias de acesso.
Por fim, o quarto grupo, com os scores mais altos 7 a 9, representa a população com condições mais favoráveis de conectividade significativa.
Embora esses critérios sejam suficientes para alcançar a pontuação mais alta na escala, eles representam uma conectividade robusta, mas não extraordinária. Ou seja, a maior parte da população paraense possui a pior condição de conectividade do Brasil.
INCLUSÃO DIGITAL
Palavras que antigamente levavam dias, até meses, para chegar em seus destinatários através de cartas ou telegramas, hoje em dia são enviadas de forma instantânea através dos aplicativos de mensagens. Esse é o poder da inclusão digital.
Mas não se detém aí. A internet na era contemporânea é responsável por automatizar boa parte da vida de seus usuários. Uma casa com luzes que acendem por comando de voz, uma inteligência artificial que responde às tarefas escolares ou que executam funções que outrora eram exercidas por profissionais de carne e osso.
Em um mundo cada vez mais conectado, ter a oportunidade de acessar uma conexão de qualidade é um dos desafios enfrentados pela população paraense.
Seja pelos apagões de conectividade nas zonas rurais, ou pela baixa qualidade da conexão a qual a maior parte da população tem acesso, os dados mostram que o Pará está na periferia digital quando comparado a outros estados brasileiros.
Yuval Noah Harari, autor do livro “21 Lições para o Século 21’’, levanta uma reflexão sobre os avanços tecnológicos. Para ele, as ferramentas que prometiam eliminar barreiras sociais e físicas, podem estar ampliando o buraco da desigualdade.
“Embora a globalização e a internet representem pontes sobre as lacunas que existem entre os países, elas ameaçam aumentar a brecha entre as classes.’’
O Índice Brasileiro de Conectividade (IBC), da Anatel, é o resultado da composição ponderada de sete variáveis:
- densidade de acessos móveis de telefonia móvel: número de acessos de telefonia móvel dividida pela população, ponderada pela tecnologia do acesso (2G, 3G, 4G e 5G);
- densidade de acessos de banda larga fixa: número de acessos de banda larga fixa dividida pela população, ponderada por faixa de velocidade máxima contratada;
- percentual da população coberta por telefonia móvel;
- adensamento de estações: quantidade de estações rádio base (ERB) por 10.000 habitantes;
- existência de backhaul de fibra ótica nas respectivas localidades;
- grau de competitividade de banda larga fixa, medido pelo inverso do índice de Herfindahl–Hirschman (HHI); e
- grau de competitividade de telefonia móvel, medido pelo inverso do índice de Herfindahl–Hirschman (HHI).
Posição | ESTADO | IBC | COBERTURA POP. 4G5G | FIBRA |
1 | DF | 95,24 | 100,00 | 100,00 |
2 | SC | 87,35 | 77,46 | 98,65 |
3 | SP | 87,29 | 97,97 | 95,65 |
4 | RJ | 84,42 | 97,41 | 100,00 |
5 | RS | 80 | 75,95 | 87,12 |
6 | PR | 78,58 | 75,96 | 89,47 |
7 | ES | 76,39 | 76,00 | 92,31 |
8 | GO | 72,12 | 71,42 | 83,33 |
9 | MG | 71,66 | 72,03 | 65,53 |
10 | MS | 66,71 | 50,44 | 83,54 |
11 | MT | 62,59 | 30,23 | 76,60 |
12 | CE | 59,06 | 69,46 | 97,30 |
13 | AP | 58,67 | 57,48 | 68,75 |
14 | PE | 56,37 | 73,04 | 74,05 |
15 | SE | 54,85 | 75,94 | 80,00 |
16 | RN | 53,87 | 67,70 | 46,11 |
17 | RO | 51,43 | 2,88 | 69,63 |
18 | PB | 49,53 | 68,08 | 65,92 |
19 | TO | 47,32 | 28,76 | 52,52 |
20 | BA | 43,52 | 28,64 | 65,92 |
21 | AL | 42,58 | 60,67 | 58,82 |
22 | AC | 41,71 | 4,98 | 81,82 |
23 | PA | 36,28 | 8,08 | 71,53 |
24 | AM | 34,2 | 17,52 | 37,10 |
25 | PI | 31,87 | 0,00 | 60,71 |
26 | RR | 27,92 | 1,54 | 53,33 |
27 | MA | 25,59 | 5,25 | 70,05 |
(Luciana Araújo)