Correio de Carajás

Desafio: Procurando agulha no palheiro

Moradora da Folha 27, a autônoma Ticiane Carvalho Lopes observa que, além das melhorias no bairro, como arruamento e iluminação pública, a identificação das vias também representaria um tormento a menos para os moradores e, principalmente, para quem trabalha fazendo entrega de encomendas ou prestação de serviços em domicílio, como entregadores de pizza, funcionários de empresa de telefonia e de internet e também os carteiros. “A gente que mora aqui na Nova Marabá tem dificuldade às vezes, imagine quem não mora aqui ou quem chegou agora”, observa.

#ANUNCIO

Ela fala com razão: os profissionais que precisam procurar endereços na Nova Marabá no dia a dia sofrem com a verdadeira bagunça que se tornou o núcleo. É o caso do taxista Nestor Rodrigues, que está há oito meses no ramo. Ele disse que até já perdeu corridas porque não conseguiu encontrar o endereço indicado pelo passageiro.

Leia mais:

Segundo Nestor, o problema é geral na cidade, mas na Nova Marabá a situação é a pior possível. “Nós precisamos de números e nomes de ruas; é o que mais precisamos e menos temos”, reclama, acrescentando que hoje se perde muito tempo procurando um endereço. “Tem vezes que a gente acha três ou até quatro casas com o mesmo endereço, aí complica pra nós”, ressalta.

Quem também sofre com a falta de nominação das ruas da Nova Marabá é Alysson Vinicius Evangelista da Costa, que trabalha para uma terceirizada da Celpa. Ele observa que não é apenas o prestador de serviços que vai ganhar com a reorganização da Nova Marabá, mas principalmente o cidadão, que poderá ter maior celeridade na prestação de serviços.

Segundo Alysson, esta regularização poderia começar pelos bairros mais afastados e mais novos (as ocupações), que hoje são os mais difíceis na localização de endereços. “Perdemos muito tempo também, mesmo tendo o GPS para nos auxiliar, pois o GPS não dá cem por cento de certeza de localização, por isso se aprovarem um projeto dando nomes para as ruas, ficaria muito melhor pra gente e pra sociedade”, argumenta.

Haja pernas

De fato, a situação é mesmo complexa. De acordo com o Sindicato dos Carteiros, a Nova Marabá é um caso complicado na rotina desses profissionais, pois não há nada parecido nem mesmo nos manuais dos Correios, que não previram essa forma de endereçamento não há nada previsto nem mesmo nos treinamentos pelos quais os carteiros passam antes de irem para as ruas.

Ainda segundo o sindicato, como as Folhas são numeradas e em todas as Folhas existem as mesmas Quadras, quando as pessoas esquecem de colocar a Folha nas correspondências e somente a Quadra e o Lote, existem dezenas de possibilidades de onde aquela correspondência pode ser destinada. “Temos um trabalho muito maior aqui na Nova Marabá para organizar as cartas para serem entregues, bem diferente dos outros núcleos onde a dificuldade é apenas a numeração irregular”, diz o sindicato.

SAIBA MAIS – Muitas famílias que deveriam adquirir lotes nas Folhas 10, 11 e 12 (que nos anos setenta ainda eram muito desertas), acabaram ocupando, por conta própria, lotes nas Folhas 27, 28, 17 e 32 e lá conseguiram o direito de morar até os dias de hoje.

(Chagas Filho)

 

 

 

Moradora da Folha 27, a autônoma Ticiane Carvalho Lopes observa que, além das melhorias no bairro, como arruamento e iluminação pública, a identificação das vias também representaria um tormento a menos para os moradores e, principalmente, para quem trabalha fazendo entrega de encomendas ou prestação de serviços em domicílio, como entregadores de pizza, funcionários de empresa de telefonia e de internet e também os carteiros. “A gente que mora aqui na Nova Marabá tem dificuldade às vezes, imagine quem não mora aqui ou quem chegou agora”, observa.

#ANUNCIO

Ela fala com razão: os profissionais que precisam procurar endereços na Nova Marabá no dia a dia sofrem com a verdadeira bagunça que se tornou o núcleo. É o caso do taxista Nestor Rodrigues, que está há oito meses no ramo. Ele disse que até já perdeu corridas porque não conseguiu encontrar o endereço indicado pelo passageiro.

Segundo Nestor, o problema é geral na cidade, mas na Nova Marabá a situação é a pior possível. “Nós precisamos de números e nomes de ruas; é o que mais precisamos e menos temos”, reclama, acrescentando que hoje se perde muito tempo procurando um endereço. “Tem vezes que a gente acha três ou até quatro casas com o mesmo endereço, aí complica pra nós”, ressalta.

Quem também sofre com a falta de nominação das ruas da Nova Marabá é Alysson Vinicius Evangelista da Costa, que trabalha para uma terceirizada da Celpa. Ele observa que não é apenas o prestador de serviços que vai ganhar com a reorganização da Nova Marabá, mas principalmente o cidadão, que poderá ter maior celeridade na prestação de serviços.

Segundo Alysson, esta regularização poderia começar pelos bairros mais afastados e mais novos (as ocupações), que hoje são os mais difíceis na localização de endereços. “Perdemos muito tempo também, mesmo tendo o GPS para nos auxiliar, pois o GPS não dá cem por cento de certeza de localização, por isso se aprovarem um projeto dando nomes para as ruas, ficaria muito melhor pra gente e pra sociedade”, argumenta.

Haja pernas

De fato, a situação é mesmo complexa. De acordo com o Sindicato dos Carteiros, a Nova Marabá é um caso complicado na rotina desses profissionais, pois não há nada parecido nem mesmo nos manuais dos Correios, que não previram essa forma de endereçamento não há nada previsto nem mesmo nos treinamentos pelos quais os carteiros passam antes de irem para as ruas.

Ainda segundo o sindicato, como as Folhas são numeradas e em todas as Folhas existem as mesmas Quadras, quando as pessoas esquecem de colocar a Folha nas correspondências e somente a Quadra e o Lote, existem dezenas de possibilidades de onde aquela correspondência pode ser destinada. “Temos um trabalho muito maior aqui na Nova Marabá para organizar as cartas para serem entregues, bem diferente dos outros núcleos onde a dificuldade é apenas a numeração irregular”, diz o sindicato.

SAIBA MAIS – Muitas famílias que deveriam adquirir lotes nas Folhas 10, 11 e 12 (que nos anos setenta ainda eram muito desertas), acabaram ocupando, por conta própria, lotes nas Folhas 27, 28, 17 e 32 e lá conseguiram o direito de morar até os dias de hoje.

(Chagas Filho)