Correio de Carajás

Bebê de 4 meses tem coma alcoólico após beber vinho na mamadeira

A criança deu entrada no hospital e permanece internada desde a última segunda-feira (29)

A criança deu entrada no hospital em coma alcoólico e permanece internada desde a última segunda feira (29) / Imagem ilustrativa

Um bebê de quatro meses foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI) em estado grave, na Itália, após ingerir vinho branco na mamadeira. A mãe da criança teria confundido a bebida alcoólica com água ao preparar a mamadeira de leite em pó do filho. As informações são do portal italiano ‘Fanpage.it’.

A criança deu entrada no hospital em coma alcoólico e permanece internada desde a última segunda-feira (29). A agência de notícias italiana afirma que a criança apresentou melhora no estado de saúde e foi extubada a última quinta-feira (02).

De acordo com as informações divulgadas, a bebida estava armazenada em uma garrafa escura. Assim que a mãe da criança notou que o filho não estava bem, ela o levou para o pronto socorro. Ele deu entrada em um hospital em Brindisi, no sul do país.

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Médicos realizaram uma lavagem gástrica e em seguida, o bebê foi encaminhado e intubado no hospital pediátrico Giovanni XXIII, em Bari. A Promotoria de Brindisi recebeu informações sobre o episódio e está investigando a dinâmica exata do ocorrido. Mas, por enquanto, está tratando o caso como um acidente doméstico.

Riscos que um bebê enfrenta ao consumir bebidas alcoólicas

Especialistas ouvidos pelo Jornal O Tempo dizem que crianças não podem consumir bebidas alcoólicas porque os efeitos podem interferir no desenvolvimento do cérebro. Além disso, o álcool pode criar dependência e prejudicar também o desenvolvimento dos órgãos e sistemas do corpo.

Os médicos enfatizam que quanto mais jovem a pessoa começar a consumir bebida alcoólica, maior é a chance de desenvolver dependência ao longo da vida, especialmente se esse consumo iniciar antes dos 16 anos.

Isso ocorre porque os efeitos prejudiciais do álcool impactam áreas do cérebro que ainda estão em desenvolvimento, ligadas a capacidades cognitivo-comportamentais, levando a desajustes sociais e atrasos no desenvolvimento de habilidades típicas da adolescência.

De acordo com os especialistas, os principais riscos incluem: sequelas neuroquímicas e emocionais, déficits de memória, queda no desempenho escolar, atraso no aprendizado e no desenvolvimento de habilidades, entre outros problemas.

No Brasil, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, que a Lei 13.106 de 2015 regulamenta, vender ou fornecer bebida alcoólica a menores de 18 anos constitui um crime. As penalidades para o vendedor podem incluir detenção de dois a quatro anos, uma multa de até R$ 10 mil ou a interdição do estabelecimento. A legislação também aplica as sanções não apenas a comerciantes, mas a qualquer adulto, incluindo familiares ou amigos, que ofereçam bebidas alcoólicas a menores.

 

(Fonte: Terra)