O dia 27 de janeiro deste ano foi um dia que a torcida do Águia de Marabá quer apagar da memória. O Zinho Oliveira assistiu atônito o Azulão tomar de 3×0 para o Paysandu, na fase de grupos do Parazão 2024. Atmosfera pesada, clima tenso e anúncio da saída do então técnico Rafael Jacques. Agora, em data ainda a ser definida, os dois times se reencontram novamente. Dessa vez o jogo vale pela primeira partida da semifinal. O que esperar desse confronto?
O próprio técnico Hélio dos Anjos, do Papão, já deu a letra. “É outro jogo, na hora que a gente for jogar lá em Marabá, é outro jogo. Esquece aquele jogo nosso. Esquece. O time agora tem uma característica diferente”, resumiu o treinador, ao elogiar especificamente os jogadores Braga e Iury Tanque.
Ao classificar o Águia como “grande adversário”, Hélio dos Anjos também destacou o nível físico do time, que, para ele, está mais forte. E foi mais longe: “Hoje, na minha visão, na minha visão, que me desculpem Tuna-Luso e Bragantino, (o Águia) é a terceira força do futebol paraense”.
Leia mais:Embora saiba que seu time é favorito, Hélio dos Anjos tem razão para afirmar que o Águia que ele enfrentará agora é bem diferente daquele da fase de grupos. Quando Mathaus Sodré e seu pai Gerson voltaram para Marabá, o time marabaense tinha apenas 2 pontos ganhos e ocupava a 10ª posição, flertando com a zona de rebaixamento e com a mesma quantidade de pontos do Canaã, que estava em 11º.
Agora, sete jogos e 50 dias depois, o Águia teve o segundo melhor desempenho, com cinco vitórias, um empate e uma derrota, um aproveitamento de 76%, atrás apenas do próprio Payssandu que teve 80,9% de rendimento no mesmo período.
Tudo isso pode não representar nada na hora do jogo, mas quem acompanha o futebol paraense sabe muito bem que o Águia que chega à semifinal é realmente outro time, pois muitas peças mudaram, dentro e fora de campo. (Chagas Filho)