Dírlen Loyolla é professor do curso de Letras-Inglês da Unifesspa. Natural do Espírito Santo, ele mora há 10 anos no Pará, especificamente em Marabá. Acostumado com publicações de artigos acadêmicos, o mestre se aventurou em escrever seu segundo livro de ficção. A obra será lançada na noite deste sábado,16, às 19 horas, na Biblioteca Municipal Orlando Lobo, próximo à Praça São Félix Valois.
Ao Correio de Carajás, ele conta que escreve desde muito novo, e após muitas experiências acadêmicas, decidiu migrar para outras formas, e foi neste contexto que surgiu o livro: “O aço das sonoras cordas – Uma narrativa Haikai”. “Eu quis brincar com as formas, é um conto em formato de poema com três versos”, explica.
O escritor relata que o livro brinca com as formas da escrita, que de certo modo, também envolve sua trajetória na vida acadêmica, enfatizando que a obra carrega a interpretação de um conhecido livro do autor Guimarães Rosa: a terceira margem do rio.
Leia mais:O enredo conta a história de um filho amargurado, que conheceu o pai na infância e nunca mais o encontrou. Assim, ele cresce sabendo do genitor apenas pelos dizeres negativos dos outros. A narrativa, muito comum nos tempos atuais, promete prender o leitor até o final. Ainda nesse contexto, Dírlen menciona que esse tipo de conto é a realidade em muitas famílias atualmente. “Alguns de nós vivemos essa angústia, de viver preso por conta da dúvida”.
Apesar do conto girar em torno da revolta e da incerteza, uma reviravolta revela ao leitor o inesperado, o personagem descobre que seu pai foi lutar na Guerrilha do Araguaia, fator que, segundo o autor, foi pensado propositalmente a fim de fazer uma imersão com a história regional, onde mora atualmente.
O autor ainda expressa a sua satisfação na criação da obra, revelando que enxerga o livro como um conjunto, em que a parte gráfica e histórica o torna lindo. O livro de Dírlen já está sendo vendido pelo site da Amazon, pelo valor de R$59,90. Neste sábado, o livro poderá ser adquirido com a assinatura do autor.
Ao final, Dírlen caracteriza a literatura como sua válvula de escape, em que o tempo dedicado à escrita, o faz esquecer dos problemas do cotidiano, um refúgio que, sem dúvidas, o tem tirado das muitas pressões da vida. Ademais, o professor revela que pretende tirar da gaveta os livros… e os sonhos. (Luciana Araújo e Milla Andrade)