Correio de Carajás

Adolescente grávida perde bebê e família culpa hospital em Parauapebas

Irmã da parturiente reclama que houve negligência médica, mas hospital afirma que fez o que pôde

A família de uma adolescente de 14 anos, que estava grávida de uma menina, procurou o Correio de Carajás na segunda-feira (11), afirmando que o feto estava sem vida, em consequência de negligência médica. Em nota, o Hospital Geral de Parauapebas, se defende.

A irmã da grávida gravou um vídeo sem se identificar e enviou à reportagem, onde afirmava que a adolescente grávida de oito meses procurou o Hospital no dia 1° de março “com fortes dores e com dilatação de um centímetro”.

 

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Ainda de acordo com a irmã, a informação que tiveram no hospital é que o parto não poderia ser feito, com a justificativa de não ter Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e se a cirurgia fosse realizada, o bebê poderia não resistir.

“Aplicaram uma injeção dizendo que era pra segurar a bebê, e outro medicamento que era para amadurecer o pulmão dela, assim disse eles”, narrou a irmã da adolescente, acrescentando que a grávida recebeu alta e voltou para casa.

Na segunda-feira, (11), de acordo com a família, a grávida voltou a sentir dores fortes e procurou novamente o hospital, no entanto, o feto não apresentava batimentos cardíacos. “A bebê faleceu por negligência médica”, avalia a irmã.

A adolescente foi submetida nesta terça-feira (12) por um parto cesárea.

Nota

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Parauapebas enviou nota à Redação. Confira na íntegra:

“Trata-se de uma paciente de 14 anos que deu entrada em 11/04 no hospital, às 10h21, com gestação de 31 semanas (pré-maturo), já sem batimentos fetais – ou seja, em óbito fetal.

– Somente fez 03 consultas de pré-natal.

– Ela esteve no hospital no dia 29/02 à noite, com dor em baixo ventre sem nenhum outro achado; colo fechado sem dilatação, sem rotura de bolsa; foi realizado US que não apontou nenhuma alteração; BCF presente. Foi descartado infecção urinária e todos os demais exames normais. Nessa data, ela estava com 29 semanas de gestação pré-matura extremo. Foi liberada e orientada sobre os sinais de alerta”.

(Theíza Cristhine, com informações de Rayane Pontes – TV Correio Parauapebas)