A partir do próximo dia 1º de novembro, a Sociedade Brasileira de Urologia promove a campanha nacional Novembro Azul, voltada para a prevenção ao câncer de próstata, o tipo mais comum entre homens e a segunda doença que mais atinge a população masculina. Somente este ano, de acordo com Instituto Nacional do Câncer, são estimados 68.220 novos casos. No Pará o número de ocorrências deve chegar a mil.
O câncer de próstata, embora tenha formas rápidas de diagnóstico, ainda se apresenta como um grande tabu entre a população masculina. A campanha tem por objetivo dizimar as dúvidas e assegurar que o acompanhamento, em caso de diagnóstico positivo, seja feito de forma correta, conforme o grupo de risco de cada paciente. “O câncer de próstata costuma afetar os órgãos na medida em que o homem envelhece. A partir dos 50 anos, a gente recomenda que os homens procurem atendimento para fazer os exames, pois não existe uma prevenção específica”, explica o médico Eduardo Piotto Leonardi, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia-PA.
Entretanto, ele esclarece que a idade para o início dos exames pode variar. “Existem dois grupos de risco que precisam ser levados em conta. Quem tem histórico familiar, é da raça negra, ou pessoas obesas, nós recomendamos que os exames sejam feitos a partir dos 45 anos. Para os demais, é recomendável que se faça a partir dos 50”.
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Por se tratar de uma doença silenciosa, o câncer de próstata dificilmente é diagnosticado a tempo. O ideal, segundo o especialista, é se atentar aos sinais cotidianos. “Quando o homem apresenta dificuldade para urinar, ou quando o jato da urina está fraco, além de acordar pelo menos três vezes durante a noite para ir ao banheiro ou até mesmo aquela sensação de não ter urinado totalmente. São sintomas indiretos que precisam de exames aprofundados”, adverte.
O câncer da próstata pode se parecer com outras enfermidades. “Algumas pessoas podem confundir o câncer da próstata com a Hiperplasia Prostática Benigna”, esclarece o médico.
Aliás, o mito acerca do exame, segundo o especialista, fica cada vez mais no imaginário popular. “Hoje em dia os homens cuidam melhor da saúde. Existe um tabu, mas as campanhas são feitas justamente para acabar com essa vergonha”.
(Fonte:Diário do Pará)