O motorista Saulo Farias da Rocha, de 39 anos, compareceu espontaneamente à sede da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas, acompanhado de seu advogado, na tarde de ontem, sexta-feira (19), para falar sobre a morte da menina Evellyn Vitória Pereira Figueiredo, de 3 anos. Ela morreu atropelada por ele, que dirigia uma caminhonete, por volta de 19 horas da última quarta-feira, 17, no bairro Beira Rio, em Parauapebas.
As primeiras informações eram de que Saulo Farias, pressionado por populares, que impediram sua fuga, ainda prestou socorro à criança, mas fugiu logo após deixar ela e a mãe no Hospital Municipal. O acidente aconteceu às proximidades do condomínio residencial onde a menina morava com a mãe. De acordo com o avô materno, Alan Acácio Figueiredo, a menina seguia pela rua com a mãe e a avó dela.
O motorista, segundo registrado nas imagens de câmeras de segurança, fez uma manobra e não observou a criança, que foi colhida próxima à calçada, sendo atingida pelo para-choque dianteiro do lado direito do veículo, com o qual foi arrastada por cerca de seis e sete metros. Populares que viram a cena correram e cercaram o carro, impedindo que o motorista fugisse.
Leia mais:Sem saída, ele levou a menina e a mãe dela para o hospital, mas tão logo as deixou lá, fugiu. Segundo Alan, ele levou o celular da mãe da criança que, no desespero, desceu da caminhonete sem pegar o aparelho.
A família já registrou ocorrência e a polícia vai verificar as imagens das câmeras de segurança, para identificar o carro e o motorista. A menina, que estudava em uma creche, teve traumatismo craniano, segundo apontou o laudo da necropsia feita no Instituto Médico Legal (IML) de Marabá.
Mas, para a polícia, o motorista acusado informou que prestou socorro à vítima imediatamente, levando-a, juntamente com a mãe, ao Hospital Municipal de Parauapebas. Informou ainda que aguardou a vítima ser atendida, mas não esperou por muito tempo no hospital por receio de retaliações de familiares dela.
Alegou que a motivação do atropelamento foi devido a criança ter se soltado da mão da mãe e atravessado a rua, em local onde não havia faixa de pedestres, segundo informou o delegado Felipe Oliveira, que colheu o depoimento do acusado.
Saiba mais
O sepultamento da criança aconteceu na tarde de ontem, praticamente no mesmo horário em que o motorista se apresentava na delegacia, acompanhado de um advogado.
(Tina Santos com informações de Ronaldo Modesto e Chagas Filho)