Um grupo de vinte detentas do Centro de Recuperação Feminino (CRF) de Ananindeua começou nesta semana um curso on-line oferecido pelo Projeto Escola do Trabalhador, um programa do Ministério do Trabalho, em parceria com a Universidade de Brasília (UNB) que promove cursos on-line, gratuitos e sem necessidade de escolaridade prévia. O objetivo é de qualificar os trabalhadores brasileiros em combate ao desemprego. O Pará é o primeiro estado do país a receber o projeto-piloto no sistema prisional.
O projeto Escola do Trabalhador ampliou a sua ação, e por meio de uma parceria com o Departamento Nacional Penitenciário (Depen), os cursos estão sendo realizados, em fase de teste, dentro do sistema prisional, em todo país, adaptando e adequando a metodologia que será ofertada através da plataforma de Ensino a Distância.
Os cursos são divididos em doze eixos temáticos, focados nas necessidades do mercado de trabalho. O material das aulas pode ser ofertado por email ou em material apostilado, sendo as provas aplicadas de forma individual.
Leia mais:No Pará, as detentas do CRF Ananindeua já estão tendo aulas pela plataforma digital do curso – “Criando um Negócio de Sucesso”. A capacitação tem carga horária de 40h. As aulas online iniciaram na última segunda-feira (15/10) e seguem até a próxima sexta-feira (19/10). Ao final do curso, as alunas que atingirem a nota mínima de cinco pontos receberão um certificado da Universidade de Brasília (UNB), como curso de extensão.
Hoje, no Pará 3.871 presos estudam dentro das unidades prisionais, sendo 31,82% da população feminina encarcerada. No total, 2.490 reclusos estão envolvidos em alguma atividade educacional no ensino formal, 1.277 estão envolvidos em educação-não formal e 104 fazem cursos profissionalizantes, todos realizados dentro das próprias unidades penais do Estado.
(Fonte: Susipe)