Com base em denúncias de uso do cargo de conselheiro tutelar rural do município de Cametá para obter vantagens indevidas de criminosos que praticaram violência sexual contra crianças e adolescentes e não reportar os casos às autoridades competentes, a Polícia Civil prendeu na última quinta-feira (15) o conselheiro João Almiro da Costa Leão.
A prisão do conselheiro tutelar ocorreu durante a operação “Ártemis”, que cumpriu mandado de prisão preventiva sob a suspeita de corrupção passiva, envolvendo três denúncias contra ele. “O suspeito alegava ter influência junto às autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público, descredibilizando assim a atuação das instituições de proteção aos direitos das crianças e dos adolescentes”, informa Walter Resende, delegado-geral da Polícia Civil do Pará.
Após constatar a conduta criminosa, que ocorreu inclusive em períodos de intensa movimentação popular, como o Carnaval, a equipe efetuou a prisão do homem, que, no exercício da função, praticou o crime também em regime de plantão.
Leia mais:“A prisão demonstra a atuação incansável da Polícia Civil no combate aos crimes contra crianças e adolescentes no município de Cametá, sobretudo pela importância da atribuição inerente ao ofício desempenhado pelo investigado, o qual deveria exercer a função de proteção dos direitos das crianças e adolescentes, mas agia como agente violador de direitos, com o intuito de obter vantagem econômica ilícita para si mesmo”, destaca Diana de Bulhões Jobim, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca) de Cametá, na região nordeste do Pará. (Antonio Barroso – Freelancer)