Também parte do time Galpão da Moda, aos 42 anos, Maria de Jesus traz consigo oito anos de experiência na arte da costura, uma jornada que começou de maneira inesperada, mas que se tornou sua verdadeira paixão e fonte de sustento.
“Surgiu quando eu trabalhava em uma associação, como secretária. Eu conheci o curso do SENAI, então comecei a fazê-lo ao mesmo tempo que trabalhava lá. A diretora permitiu que eu conciliasse as duas atividades, e foi assim que me vi nessa profissão”, compartilha
Ao longo desses oito anos, a costureira trilhou diferentes caminhos, trabalhando em diversos lugares até encontrar seu lar profissional atual no Galpão da Moda, atuando neste trio de costureiras. Sua jornada revela não apenas uma habilidade técnica adquirida, mas também uma paixão genuína pelo ato de criar.
Leia mais:A respeito das dificuldades enfrentadas ao longo dessa jornada, Maria destaca a preferência por fabricar peças em detrimento dos ajustes. “Eu não tenho muita dificuldade no que faço, porque eu gosto muito de fabricar. Minha paixão é fazer ajustes. Quando tem muita demanda, eu nem converso com ninguém. Vou só fazendo, e não vejo o tempo passar”, diz ela.
A relação afetiva com a costura é clara nas palavras de Maria, que revela a satisfação em trabalhar naquilo que aprendeu e ama. Ela garante que trabalha com costura porque pegou gosto ao aprender. Além disso, consegue casar a paixão e fonte de sustento.
Sobre a desvalorização do trabalho de costureiras em Marabá, Maria expressa sua opinião sincera, que condiz com a narrativa das outras entrevistadas: “É invisibilizado. Acho muito barato”.
(Thays Araujo)