O jambu é uma folhagem muito comum nos pratos da culinária paraense, sendo protagonista de pratos como o tacacá e o pato no tucupi. Além de seu sabor levemente picante e efeito anestésico e formigante, a planta traz benefícios para a saúde.
O jambu tem flores amarelas e alcança cerca de 30 centímetros de altura. É conhecido como a principal planta alimentícia não-convencional (Panc) da Amazônia. Tanto suas folhas como flores podem ser consumidas.
O efeito mais evidente é o da dormência, causado pelas flores do jambu. A capacidade de reduzir a sensibilidade da pele é dada pelo espilantol, um componente encontrado em poucas plantas além do jambu e que gera o entorpecimento do sistema nervoso.
Já nas folhagens, de acordo com um guia de plantas medicinais distribuído pela Universidade Federal do Pará (UFPA), o jambu tem poder anti-inflamatório e antioxidante, além de estimular a digestão e fortalecer o sistema imunológico.
Leia mais:A planta também teria capacidade afrodisíaca, diurética e vermífuga, mas a maioria destas indicações de uso é fruto da sabedoria popular e não foram comprovadas por pesquisas científicas robustas.
“Sabemos que o jambu é um alimento rico em ferro e vitamina C. O conhecimento tradicional fitoterápico o indica para vários usos: como fortificante, estimulador de apetite, anti-inflamatório, analgésico, diurético, anestésico bucal, estimulante sexual, dentre outros. Mas ainda existem poucas pesquisas sobre aplicação farmacológica”, resume a pesquisadora Mônica Trindade Abreu de Gusmão, doutora em Agronomia, em comunicado da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
(Metrópoles)