Nesta época mágica do Natal, quando o espírito de generosidade e compaixão permeia o ar, há uma maneira única e valiosa de presentear aqueles que não conhecemos diretamente, mas cujas vidas podemos tocar de maneira significativa: a doação de sangue.
Esse ato vai além de embrulhos coloridos e laços decorativos; é um presente verdadeiramente altruísta que pode salvar vidas. Enquanto muitos de nós nos esforçamos para encontrar o presente perfeito para amigos e familiares, há uma dádiva que não está disponível nas lojas, mas pode ser oferecida de coração para coração.
A reportagem deste CORREIO foi informada pela gerente regional do Hemopa de Marabá, a biomédica Regiane Izaías, de que o número de bolsas de sangue caiu em quase 10%, considerando que em 2022 foram doadas 8.885 e no ano presente, 8.011. No entanto, não há estado crítico algum na quantidade de sangue disponível pelo centro. A grande questão é que a mesma quantidade que é doada, é recebida. A demanda é constante.
Leia mais:Ela destaca que o período que antecede férias, feriados e festividades contribui significativamente para essa queda, pois as pessoas costumam viajar e participar de comemorações, resultando em uma redução no comparecimento.
“Além disso, fatores como inaptidões por sintomas gripais e procedimentos estéticos também foram apontados como contribuintes para essa baixa. É bom lembrar que muitas vidas dependem desse gesto solidário, e o sangue, por sua natureza insubstituível, não pode ser fabricado”, pontua Regiane.
A gerente destaca os requisitos simples para se tornar um doador de sangue, reforçando que a doação é um ato vital. É necessário estar alimentado, não ter consumido bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas, não estar gripado ou resfriado, não ter tomado antibióticos recentemente, ter repousado bem na noite anterior à doação, entre outros critérios listados.
Os doadores também devem pesar acima de 50 kg, ter idade entre 18 e 69 anos e atender a requisitos específicos, como não ter diabete, não estar grávida ou amamentando, e apresentar documento de identidade com foto.
Vale ressaltar que o Hemocentro Regional de Marabá funciona de segunda a sexta-feira, entre 7h e 13h.
Regiane chama a atenção para a necessidade especial de doações durante os períodos de viagem e férias. Ela faz um apelo para que aqueles que planejam sair de férias: “Visitem o centro antes de viajar, contribuindo para manter os estoques abastecidos e garantindo um atendimento transfusional satisfatório para aqueles que dependem de sangue”.
Curiosamente, ela revela que o gênero que mais contribui para as doações são os homens entre 18 e 29 anos. Essa faixa etária demonstra ser a mais engajada nesse gesto solidário, desempenhando um papel crucial no suporte às necessidades de sangue na região.
“Milhares de pessoas enfrentam desafios de saúde que requerem transfusões sanguíneas para sobreviver. Durante o período festivo, quando as celebrações e as viagens aumentam, os acidentes e emergências médicas podem ocorrer inesperadamente”, diz, acrescentando que ao doar sangue, estamos contribuindo para a garantia de que hospitais e clínicas tenham reservas adequadas para atender às necessidades urgentes.
Ao estender a mão para doar sangue, estamos expressando solidariedade e empatia por pessoas que podem ser nossos vizinhos, colegas de trabalho ou completos desconhecidos. Este ato desinteressado transcende barreiras sociais, culturais e econômicas, unindo-nos na busca comum por um mundo mais saudável e compassivo.
Além disso, doar sangue no Natal pode inspirar outros a seguir o exemplo. A temporada de festas é um momento em que as pessoas estão mais inclinadas a se envolver em atos de bondade e serviço comunitário. Ao sermos pioneiros na doação de sangue, estamos lançando uma corrente de generosidade que pode inspirar amigos, familiares e colegas a se envolverem em ações benevolentes semelhantes.
Portanto, neste Natal, ao invés de apenas trocar presentes materiais, consideremos presentear algo que não tem preço: a vida. Ao doar sangue, estamos envolvidos em uma nobre causa que transcende as fronteiras do individualismo, criando um impacto positivo duradouro na comunidade e no mundo como um todo. Este ato simples, mas significativo, é uma maneira tangível de espalhar a alegria do Natal e fazer a diferença na vida de alguém que pode estar lutando contra uma batalha invisível.
(Thays Araujo)