Um grave acidente resultou em morte, no dia 20 de novembro de 2020, na BR-230, perto da Vila São José, em Marabá. Um caminhão colidiu com uma moto, tirando a vida do motociclista Deusivaldo Santos Nascimento. Ele ainda foi socorrido, mas não resistiu. Desde então o condutor do pesado veículo, Ricardo da Silva Sousa, vinha respondendo a processo e correndo risco de ser preso. Mas ele provou sua inocência.
Quem atuou no caso foi o advogado Raphaell Braz. “Após muito trabalho, foi comprovado que ele não teve responsabilidade, que ele não agiu com negligência, imprudência ou imperícia; e que o acidente ocorreu devido a falha do motociclista em não observar a segurança da faixa de rolamento”, explica do advogado.
Mas não foi fácil provar tudo isso. O advogado teve de fazer um verdadeiro trabalho de investigação para localizar uma testemunha (um motorista de van), que viu tudo. O segundo passo foi convencer a pessoa a prestar depoimento, o que costuma ser muito difícil, porque, via de regra, as pessoas não querem ser parte em processos criminais. Sobretudo quando morre alguém. Mas nesse caso deu certo.
Leia mais:“Felizmente nós encontramos uma testemunha que estava presente no local e pôde testemunhar realmente o que de fato aconteceu naquele momento. Essa testemunha atestou que o nosso cliente estava conduzindo o caminhão numa velocidade compatível com a via, vindo em sentido a Marabá, quando foi surpreendido por um motociclista na faixa contrária, que adentrou um pouco a faixa dele e veio a colidir”, relata Braz.
Mesmo inocentado, o caminhoneiro ficou traumatizado, tanto pelo fato de uma pessoa ter morrido, quanto pelo medo de ser preso. O motorista nem mora mais em Marabá e a reportagem do CORREIO não conseguiu fazer contato com ele.
Já, para o advogado, a absolvição de um inocente é a certeza de que a justiça foi feita. “Não há nada mais gratificante para um advogado do que você ter certeza de que seu cliente é inocente e conseguir comprovar isso para a Justiça… Não há êxito maior para um advogado do que esse”, desabafa. (Chagas Filho)