O afundamento da mina 18 da Braskem em Maceió, uma das regiões com maior risco de colapso da região, reduziu para 0,25 centímetros por hora, informou a Defesa Civil de Maceió nesta segunda-feira (4). O órgão destacou, no boletim, que o deslocamento acumulado na mina é de 1,77 metro e a velocidade vertical apresenta movimento de seis centímetros nas últimas 24 horas.
Conforme a Defesa Civil, a área, que fica localizada no antigo campo do Centro Sportivo Alagoano (CSA), no bairro Mutange, segue em alerta máximo devido ao perigo de afundar e virar uma enorme cratera.
“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, reforçou o órgão.
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De acordo com a Agência Brasil, os registros do último fim de semana mostravam uma diminuição no ritmo de deslocamento vertical da mina de extração de sal-gema: 0,3 centímetro (cm) por hora. Pela manhã, esse número era de 0,7 cm, com um afundamento acumulado e 7,4 cm no final de semana.
Na sexta (1º) e no sábado (2) foram registrados abalos sísmicos na região, com magnitude 0,89, e registrado a 300 metros de profundidade, de acordo com o monitoramento da Defesa Civil.
O órgão avalia a chance de um colapso acontecer, a qualquer momento, nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, que sofreram nos últimos abalos sísmicos devido à movimentação da Mina 18 da Braskem.
As áreas onde estão localizados os imóveis, destacados em vermelho, passaram de criticidade 01 — classificação de menor risco — para criticidade 00 — maior risco — e precisaram ser desocupadas.
HISTÓRICO
A instabilidade no solo de Maceió foi causada pela extração de sal-gema do subsolo e ocasionou o afundamento de cinco bairros. Essas localidades foram ou estão sendo parcialmente desocupadas.
Após a extração do minério, as minas ficaram cheias com um líquido químico que vazou, formando vários desabamentos. Os tremores seriam também relacionados a acomodação do solo, a partir dos deslocamentos no subsolo.
A prefeitura de Maceió e a Baskem fecharam um acordo em julho deste ano, assegurando ao município uma indenização de R$ 1,7 bilhão por conta do afundamento dos bairros. O caso teve início em 2018, data do primeiro tremor ocorrido, e prejudicou mais de 60 mil moradores.
De acordo com o órgão, os recursos serão destinados à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).
(Diário do Nordeste)