Everaldo da Silva Rodrigues, 20 anos, foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio pelo tribunal do júri. Ele foi acusado de esfaquear o cunhado no pescoço. O crime ocorreu em março deste ano.
O julgamento aconteceu no município de Itupiranga, na terça-feira, 28, e a absolvição de Everaldo foi pautada no entendimento de que ele agiu em legítima defesa, sem intenção de matar o cunhado, Alailson Rocha da Costa, que tinha 17 anos no dia do ocorrido.
A tese sustentada pela equipe de advogados de Everaldo, formada por Odilon Vieira Neto, Diego Adriano Freires, e Thiago Alves – com participação de Priscylla Ysla e Yuri Pinheiro na banca defensiva -, alegou que o acusado agiu em legítima defesa e levou em consideração o histórico de agressão cometido por Alailson, contra a esposa (irmã de Everaldo).
Leia mais:Também foi entendido que no momento do ocorrido, o acusado tinha condições de executar o crime de homicídio, mas não concretizou por vontade própria, fator que pesou a favor de Everaldo.
De acordo com as informações do boletim de ocorrência, relatadas pela esposa de Alailson, na véspera do ocorrido o casal havia brigado e ele saiu de casa. Ao retornar no dia seguinte, estava bêbado e começou a discutir e a xingar o acusado, que estava na casa da irmã.
Na sequência, Everaldo utilizou uma faca da cozinha para dar dois golpes no pescoço de Alailson. O acusado fugiu logo depois e foi preso dois meses após o episódio.
Na versão que Alailson deu aos policiais, ele relata que ao chegar na casa da ex-companheira (de acordo com ele), encontrou Everaldo e que este ficou encarando-o. A vítima conta que o acusado o xingou e sacou a faca da cintura, o golpeando em seguida.
Os advogados apresentaram um histórico que relata que Alailson já havia ameaçado Everaldo anteriormente e até mesmo agredido a esposa (irmã do acusado), quando ela estava grávida.
A defesa foi bem-sucedida e seguindo a decisão do júri, a juíza Alessandra Rocha da Silva Souza julgou a denúncia como improcedente e absolveu Everaldo da acusação.
A reportagem entrou em contato com a defesa, que preferiu não detalhar sobre a decisão, apenas comentou que: ”agradecemos a família do acusado pela confiança, já que os advogados apenas patrocinaram a causa na fase do tribunal do júri. Acrescentamos que foi feita a justiça e o restabelecimento da liberdade de Everaldo foi medida justa e necessária”. (Luciana Araújo)