Exames de necropsia realizados no cadáver de Ana Maria Nonato da Silva, de 56 anos, comprovaram a inocência de Adão Sousa Lima, que era suspeito de um crime de feminicídio registrado no dia 23 de junho deste ano, na cidade de Jacundá. Após quase cinco meses detido, ele foi libertado nesta semana.
Adão Lima, apontado como suspeito da morte da companheira, Ana Silva, que ocorreu na residência do casal, à Rua Alacid Nunes, no Bairro Bela Vista, sempre negou a autoria do crime.
A autoridade policial de Jacundá requisitou que o corpo fosse encaminhado ao IML de Marabá, onde os exames confirmaram que Ana Silva morreu em decorrência de “Infarto agudo do miocárdio”. Além disso, não foram encontradas substâncias tóxicas em seu organismo, sendo que ela fazia uso de medicação controlada para ansiedade.
Leia mais:“Eu me sinto feliz porque consegui provar minha inocência, algo que muitos não acreditavam, mas Deus sempre esteve comigo. Tudo que eu mais quero na minha vida é recuperar minha reputação. Esse caso me deixou muito triste, pois sou um trabalhador rural”, disse ele após audiência na Comarca de Jacundá, que concedeu o Alvará de Soltura.
De acordo com o advogado criminalista Cleiton Rodrigues dos Santos Fernandes, a defesa sempre acreditou na inocência do acusado quanto à acusação de feminicídio. “Desde o primeiro momento em que conversamos com Adão sobre os fatos narrados no processo, bem como quando tivemos o primeiro contato com as provas arroladas, sabíamos que ele era inocente. O laudo médico emitido pelo IML de Marabá só corroborou com a certeza que a defesa já tinha da inocência do acusado”. (Antonio Barroso – Freelancer)