Correio de Carajás

Brasileiros ficam de fora de 3ª lista de autorizados a deixar Gaza

Embaixador do Brasil no Egito diz que autorização depende do governo de Israel. Nova relação traz mais de 500 nomes de pessoas com cidadania nos EUA, Reino Unido, México e outros países.

Estrangeiros cruzam a fronteira da Faixa de Gaza em Rafah — Foto: Hatem Ali / AP Photo

As autoridades de Gaza divulgaram uma nova lista com nomes de civis que poderão deixar o território, após um acordo fechado entre Israel, Egito e o Hamas, nesta sexta-feira (3). Mais uma vez, brasileiros foram deixados de fora da relação.

Ao todo, a lista traz 571 nomes de pessoas com cidadania nos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Indonésia, Alemanha e México. Este é o terceiro grupo de estrangeiros autorizado a deixar o território desde o início do conflito.

A primeira lista foi divulgada na quarta-feira (1º), com quase 500 nomes. Ao todo, a Embaixada do Brasil na Palestina monitora a situação de 34 pessoas que querem deixar a região.

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Brasileiros que estão na Faixa de Gaza afirmam que estão aflitos com os bombardeios e relatam dificuldades na comunicação com parentes. A região também enfrenta escassez de água, alimentos e remédios.

“Mais um dia triste, mas chegará a nossa vez”, escreveu o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, em um grupo com os brasileiros que estão em Gaza.

 

Já o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, afirmou que tudo depende de uma autorização das autoridades israelenses.

“Para o governo egípcio, segundo nos foi dito mais de uma vez, não há qualquer dificuldade para autorizar imediatamente a entrada dos brasileiros no Egito, no entendimento de que eles irão em seguida para o Brasil”, afirmou.

Um avião da Força Aérea Brasileira, que já está em território egípcio, deve ser usado para trazer o grupo de volta ao Brasil.

Os brasileiros que aguardam em Gaza afirmaram que o governo enviou um comunicado prometendo acolhimento com atendimento médico, assistência social e regularização migratória.

Ainda não há previsão para quando os brasileiros serão autorizados a deixar a região.

(Fonte:G1)