Correio de Carajás

Unicef descreve ataques ao campo de refugiados de Jabaliya como ‘cenas de carnificina’

Fundo das Nações Unidas para a Infância diz que 'muitas crianças estão supostamente entre as vítimas' dos bombardeios 'horríveis e aterradores'

Palestinos observam a destruição um dia após um ataque israelense no campo de refugiados de Jabaliya — Foto: Bashar TALEB / AFP

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) descreveu os ataques ao campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, como “cenas de carnificina”. O comunicado divulgado na noite desta quarta-feira também diz que “muitas crianças estão supostamente entre as vítimas” dos bombardeios “horríveis e aterradores”. O local é atacado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) há dois dias.

A Unicef reitera, na nota, um apelo por cessar-fogo humanitário imediato. E alega que os campos de refugiados, os assentamentos para deslocados internos e os civis que os habitam estão todos protegidos pelo Direito Internacional Humanitário (DIH). “As partes em conflito têm a obrigação de respeitá-las e protegê-las de ataques”, diz o texto.

“Ataques desta escala em bairros residenciais densamente povoados podem ter efeitos indiscriminados e são completamente inaceitáveis”, afirma a Unicef. “As crianças já suportaram muita coisa. A matança e o cativeiro de crianças devem acabar. As crianças não são um alvo”, acrescenta.

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De acordo com a Unicef, os bombardeios contínuos ao longo de 25 dias teriam resultado em mais de 3.500 crianças mortas e outras 6.800 feridas. “Isto significaria mais de 400 crianças mortas ou feridas por dia, durante 25 dias consecutivos. Isto não pode se tornar o novo normal”, diz o comunicado.

Hamas anuncia a morte de sete reféns

 

As Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo terrorista Hamas, afirmaram nesta quarta-feira que sete reféns morreram após ataque de Israel ao campo de refugiados de Jabaliya, na véspera. Entre as vítimas estão três pessoas “titulares de passaportes estrangeiros”.

Jabaliya é o maior dos oito campos de refugiados da Faixa de Gaza. Segundo a ONU, cerca de 116 mil refugiados viviam no local antes da guerra, onde também há três escolas geridas pelas Nações Unidas. As unidades de ensino foram convertidas em abrigos para centenas de famílias deslocadas.

As forças israelenses tomaram, nesta terça-feira, o centro de comando do Hamas no campo de refugiados de Jabaliya em um ataque que deixou ao menos 50 mortos. Israel alegou que eles eram terroristas, mas o Crescente Vermelho Palestino disse que corpos de ao menos 25 civis foram recuperados no campo.

O Hamas não informou a nacionalidade dos reféns que teriam sido mortos no ataque israelense ao campo de refugiados de Jabaliya.

Israel diz ter matado mais uma liderança do Hamas responsável por ataques de 7 de outubro — Foto: Reprodução
Israel diz ter matado mais uma liderança do Hamas responsável por ataques de 7 de outubro — Foto: Reprodução

Segundo os militares de Israel, um comandante do Hamas que participou dos ataques do dia 7 de outubro morreu em Jabaliya. Trata-se de Ibrahim Biari.

Biari era comandante do Batalhão Central Jabaliya. De acordo com as autoridades israelenses, Biari foi uma das lideranças do Hamas responsáveis por comandar o ataque terrorista do dia 7 de outubro, que matou mais de mil israelenses e deu início ao conflito.

Segundo as IDF, Ibrahim Biari teria sido um dos líderes por trás do envio de terroristas da Nukhbah, unidade de ‘elite’ do Hamas, para Israel.

Biari atualmente comandava as ações do Hamas no norte da Faixa de Gaza. Em 2004, ele foi o responsável por liderar um ataque terrorista que matou 13 israelenses no porto de Ashdod. Ibrahim Biari também esteve envolvido no disparo de foguetes contra Israel, além de outras ações contra as IDF nos últimos 20 anos.

“A sua eliminação foi parte de um ataque em larga escala contra terroristas e infra-estruturas terroristas pertencentes ao Batalhão Central Jabaliya, que assumiu o controle de edifícios civis na Cidade de Gaza”, afirmam as Forças de Defesa de Israel, em nota. O ataque aéreo também teria destruído bases subterrâneas do Hamas.

(Fonte: O Globo)

Hamas anuncia a morte de sete reféns

 

As Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo terrorista Hamas, afirmaram nesta quarta-feira que sete reféns morreram após ataque de Israel ao campo de refugiados de Jabaliya, na véspera. Entre as vítimas estão três pessoas “titulares de passaportes estrangeiros”.

Jabaliya é o maior dos oito campos de refugiados da Faixa de Gaza. Segundo a ONU, cerca de 116 mil refugiados viviam no local antes da guerra, onde também há três escolas geridas pelas Nações Unidas. As unidades de ensino foram convertidas em abrigos para centenas de famílias deslocadas.

As forças israelenses tomaram, nesta terça-feira, o centro de comando do Hamas no campo de refugiados de Jabaliya em um ataque que deixou ao menos 50 mortos. Israel alegou que eles eram terroristas, mas o Crescente Vermelho Palestino disse que corpos de ao menos 25 civis foram recuperados no campo.

O Hamas não informou a nacionalidade dos reféns que teriam sido mortos no ataque israelense ao campo de refugiados de Jabaliya.

Israel diz ter matado mais uma liderança do Hamas responsável por ataques de 7 de outubro — Foto: Reprodução
Israel diz ter matado mais uma liderança do Hamas responsável por ataques de 7 de outubro — Foto: Reprodução

Segundo os militares de Israel, um comandante do Hamas que participou dos ataques do dia 7 de outubro morreu em Jabaliya. Trata-se de Ibrahim Biari.

Biari era comandante do Batalhão Central Jabaliya. De acordo com as autoridades israelenses, Biari foi uma das lideranças do Hamas responsáveis por comandar o ataque terrorista do dia 7 de outubro, que matou mais de mil israelenses e deu início ao conflito.