A população paraense envelheceu nos últimos 40 anos, segundo apontam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (26). A predominância feminina também se estendeu nas últimas décadas no estado.
Segundo o IBGE, a informação sobre a distribuição da população por idade e sexo fornece subsídios para o cálculo de indicadores demográficos que permitem avaliar mudanças e tendências do perfil demográfico da população ao longo do tempo.
Por isso, os índices por idade e sexo são “um poderoso instrumento, não só para subsidiar o planejamento de políticas públicas que visam ao atendimento das necessidades de grupos específicos, como também para fornecer parâmetros na avaliação de programas sociais e econômicos”, aponta o instituto.
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Em 1980, o grupo de crianças de 0 a 14 anos era 45,5% da população; diminuindo para 31,1% em 2010 e chegando a 24,5% no Censo Demográfico 2022.
Paralelamente, a proporção da população com 65 anos ou mais aumentou: era 3,1% em 1980; 4,8% em 2010; passando para 7,3% em 2022.
O IBGE levanta o índice de envelhecimento – que mostra a relação de idosos de 65 anos ou mais em relação à população de 0 a 14 anos. Quanto maior o valor, mais envelhecida é a população.
Em 2022, o indicador chegou a 29,6 em 2022, indicando que há 29 idosos para cada 100 crianças no estado do Pará. No censo de 2010, o índice era de 15,3, o que para o instituto “evidencia o processo envelhecimento da população”.
De acordo com os dados, o município com maior índice de envelhecimento no estado foi Belém, com taxa de 59,5 idosos a cada 100 crianças. Em seguida vem Bagre, no arquipélago do Marajó, com índice de 8,7.
A idade mediana no Pará é 29 anos – a quinta menor entre os estados brasileiros e o Distrito Federal.
Menos homens
O Censo Demográfico aponta que a população do Pará era de 8.121.025 pessoas, sendo 4.068.751 mulheres, representando 50,1% da população; e 4.052.274 homens, sendo 49,9% dos residentes. A população total cresceu 7,1% entre 2010 e 2022.
Com o envelhecimento da população, o IBGE avalia que já é esperado que o número de homens diminua em relação ao número de mulheres, já que elas possuem, em média, menor mortalidade em todas as etapas da vida.
No Censo, o índice de razão de sexo demonstra o aumento da proporção da presença feminina no estado.
Em 2010 o índice era 101,7 homens para cada 100 mulheres; já doze anos depois, o número diminuiu para 99,6 homens a cada centena de mulheres.
(Fonte:G1)