Um simples acidente de trânsito terminou com duas pessoas encaminhadas à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, na tarde de terça-feira (10), pelas proporções das atitudes de dois dos envolvidos. Katiane Pereira dos Santos foi autuada em flagrante por crime de trânsito, acusada de estar dirigindo embriagada, e Marlon Ribeiro de Oliveira, que a acompanhava, por desacato contra policiais militares.
Conforme registrado em boletim de ocorrência, um policial militar seguia para o trabalho em seu carro particular, um HB20, quando Katiane deu uma ré na Hilux que dirigia e atingiu o outro veículo. A colisão ocorreu pouco antes das 17 horas, na esquina entre a Avenida Sol Poente e a Rua Pedro Carneiro, no Bairro Cidade Nova, e gerou praticamente nenhum dano material, conforme a vítima, que diz ter buzinado para alertar a motorista da frente.
Assim que a vítima desceu do automóvel que conduzia para avaliar a situação, visualizou Katiane desembarcar pelo lado do motorista e Marlon pela porta do caroneiro. Percebeu, então, que a motorista apresentava sinais de embriaguez e pediu que ela apresentasse a CNH. Neste momento, Marlon, que também aparentava estar embriagado, teria ordenado que ela não entregasse o documento.
Leia mais:De acordo com a vítima, ao perceber que se tratava de um policial militar, Marlon começou a questionar a patente dele, alegando ser sargento reformado do Exército Brasileiro. Diante do discurso do homem, o policial pediu reforços para uma viatura da Polícia Militar.
Os colegas atenderam à ocorrência e informam terem encontrado Marlon e Katiane bastante alterados. Em um segundo boletim de ocorrência registrado junto à Polícia Civil, foi informado que Marlon estava gritando com a vítima e colocando o dedo na cara dela. Quando o reforço policial pediu que ele baixasse a voz, ele se recusou e passou a dizer novamente que era sargento do Exército, além de xingar a equipe que atendeu a ocorrência.
O homem teria se negado a apresentar a identificação que comprovasse o que ele estava alegando e passou a fazer ameaças, dizendo que seria pior para os policiais caso eles não o liberassem. Diante disso, ele foi revistado e algemado antes de ser encaminhado, junto da mulher, para a delegacia.
A Polícia Rodoviária Federal foi chamada para aplicar o teste do bafômetro em Katiane, mas ela se recusou a soprar o equipamento. Os dois recolheram fiança e irão responder aos processos em liberdade. As prisões foram comunicadas ao juiz plantonista, Marcelo Andrei Simão Santos Juiz, que as homologou. (Da Redação – com informações de Evangelista Rocha)