A Polícia Militar recebeu um chamado no final da tarde de quinta-feira (28), de moradores do PAC, Velha Marabá, denunciando que criminosos em uma embarcação, no Rio Itacaiunas, estariam atirando na direção dos prédios do residencial popular. Diante disso, os militares seguiram até a Vila Canaã, de onde a embarcação teria saído, e se depararam com Walacy Barroso de Oliveira, na entrada do bairro. Ao ser abordado, os militares apreenderam, com ele, nada menos de 50 petecas de crack embaladas e prontas para a venda.
Na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde foi apresentado pelos homens do 1º Batalhão de Missões Especiais (BME), Walacy negou ser traficante e alegou que a droga não foi encontrada com ele. Walacy, que já cumpriu pena por homicídio, alegou ser apenas usuário de drogas.
Seja usuário seja traficante, a verdade é que a prisão de Walacy traz à tona um problema sério que vem ocorrendo na Velha Marabá: a treta entre traficantes da Vila Canaã (chamada de forma preconceituosa de Vila do Rato) com traficantes do PAC, ou da “Barão”, em alusão à Rua Barão do Rio Branco, que termina exatamente na entrada do PAC.
Leia mais:A Polícia Civil mantém investigação sobre essa situação, mas não divulga informações justamente para não atrapalhar no andamento das apurações em torno da guerra de facções.
Quanto a Walacy, a bola da vez nessa história, ele foi devidamente autuado em flagrante por tráfico de drogas e teve a prisão convertida em preventiva, nesta sexta-feira (29) pelo Poder Judiciário. Assim, ele volta para a cadeia oito anos depois de ter cumprido sua pena e conseguido a liberdade. Mas deixou um recado, antes de ser trancafiado novamente: “Não usem drogas”.
(Chagas Filho, com informações de Josseli Carvalho e Evangelista Rocha)