Correio de Carajás

Modelo indígena paraense se destaca na semana de moda em Milão

"É muito importante que tenhamos corpos indígenas em todos os espaços", disse Emilly Nunes

Emilly Nunes fez sua estreia nas passelas internacionais justamente em Milão, na temporada passada Foto: Divulgação/Way Model / Elas no Tapete Vermelho

A brasileira Emilly Nunes, descendente de indígenas da comunidade Aruans, foi destaque na passarela da grife Diesel, em Milão, durante a apresentação da coleção de Verão 2024, realizada na noite desta quarta-feira, 20. “A força de ter uma mulher amazônica e indígena em uma passarela internacional. EU VIM PRA FICAR 👣”, escreveu ela em suas redes sociais.

A paraense Emilly, criada entre Belém e a paradisíaca Ilha de Marajó, desfilou com look amarelo, composto por saia e top cropped levemente transparente, deixando a pele à mostra. Sensual, a saia era finalizada com detalhe como se fosse uma calcinha de biquíni colocado por fora.

Emily, que fez sua estreia nas passelas internacionais justamente em Milão, na temporada passada, em fevereiro, também para a Diesel, disse na época: “Eu acompanhava desde criança os desfiles de moda, quando calçava o salto alto da minha mãe e desfilava pelos cômodos de casa. Estou muito feliz por ter feito minha estreia na temporada da Europa. Estou realizando sonhos”, comemorou na ocasião.

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Emilly Nunes chegou a trabalhar como operadora de caixa em um supermercado do Pará
Foto: Divulgação/Way Model / Elas no Tapete Vermelho

A modelo chegou a trabalhar como operadora de caixa em um supermercado do Pará, e como vendedora de uma empresa de telefonia, ofertando chips para celulares nas ruas, até despontar como um dos nomes do momento na moda.

“”Eu sonhava trabalhar como modelo”, disse Emilly Nunes
Foto: Divulgação/Way Model / Elas no Tapete Vermelho

Aposta da WAY Model – mesma agência de tops como Carol Trentini e Alessandra Ambrósio – Emilly já estrelou capas de revistas renomadas e publicidades de grandes grifes, além de ter sido destaque da São Paulo Fashion Week, onde figurou entre as recordistas.

“Eu sonhava trabalhar como modelo, mas não via minha beleza ocupando esses lugares. É muito importante que tenhamos corpos indígenas em todos os espaços. Representar o meu povo é muito importante para termos mais visibilidade e para que mais indígenas ocupem os espaços que sonharem”, finalizou.

(Fonte: Terra)