Marabá, que em julho deste ano apareceu entre as 50 cidades mais violentas do Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, parece estar dando uma guinada. Segundo dados estatísticos divulgados pelo coronel Dayvid Sarah, comandante do CPR II – 2º Comando de Policiamento Regional –, nesta quarta-feira (20), houve uma redução de 32% nos homicídios e uma queda de 16% nos casos de roubo.
Os números foram citados durante sessão solene dedicada às forças de segurança pública na Câmara Municipal de Marabá (CMM). Na ocasião, o coronel citou que o indicador demonstra a eficácia do trabalho árduo dos policiais militares: “Eles patrulham ativamente as ruas em 12 municípios do CPR-2 e em dez vilas, garantindo a segurança, mesmo em comunidades remotas, com um comprometimento inabalável”.
A queda nos roubos, segundo Dayvid, abrange tanto roubos comuns quanto roubos de veículos. Para ele, a conquista é resultado do esforço conjunto das forças de segurança, que se empenham na proteção dos cidadãos e na prevenção do crime em toda a região.
Leia mais:“Importante destacar que os profissionais enfrentam desafios diários, frequentemente arriscando suas vidas para manter a comunidade segura”, pontuou.
RECAPTULANDO
A categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI), da qual Marabá foi citada em julho, engloba mortes por homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora, em cidades com mais de 100 mil habitantes.
No ranking divulgado, o município ocupou a 26ª posição, apresentando uma taxa de mortes intencionais de 51,8%. Na região, apenas Altamira (7º) e Itaituba (15º) superaram Marabá em violência.
A situação no Estado do Pará também é um destaque nos dados de segurança pública. O Pará ocupa a sexta posição entre as unidades federativas com maior taxa de mortes violentas intencionais, totalizando 36,9%. Em 2022, o Pará registrou um total de 2.997 mortes intencionais, representando um aumento em relação ao ano anterior, quando o número foi de 2.964.
Um relatório de segurança pública aponta que a violência na região da Amazônia teve um aumento considerável nos anos de 2016 e 2017, devido aos conflitos entre o PCC e o CV, que geraram confrontos no sistema prisional de vários estados e resultaram em muitas mortes nas ruas. (Thays Araujo)