Correio de Carajás

Procurado por agredir criança, assessor da prefeitura de Parauapebas é preso

Jonas estava bebendo tranquilamente em uma conveniência quando foi denunciado por um popular

Procurado desde o último dia 22 de agosto, o assessor da Prefeitura Municipal de Parauapebas (PMP), Jonas Conrado Sousa, foi preso na madrugada deste domingo (17), na própria Capital dos Minérios. Ele, que já possuía extensa ficha criminal, é acusado de agredir o filho de uma ex-companheira no Maranhão, por não aceitar o fim do relacionamento.

Segundo o relato policial, um homem chegou até a viatura da Polícia Militar que realizava rondas pelo bairro Vila Rica, e informou que nas proximidades de um bar estava Jonas, o qual ele tinha conhecimento que estava sendo procurado pela justiça.

A equipe se deslocou até o local informado e prendeu Jonas.

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Na delegacia, a reportagem deste CORREIO conversou com o homem que, ao ser questionado sobre as acusações, repetiu diversas vezes que não agrediu a criança. No entanto, afirmou que o relacionamento com a mãe da vítima era conturbado e os dois possuíam muitos problemas.

“Ela está me acusando de algo muito sério e que eu não fiz”, disse. Além disso, Jonas alega que foi até a cidade de Santa Inês, no Maranhão, onde é acusado de cometer o crime, na companhia de um advogado para se defender.

ENTENDA

O Assessor Especial VI da Prefeitura Municipal de Parauapebas desde maio de 2021, foi denunciado pela ex-companheira no dia 20 de agosto. A mulher alega que seu filho de 13 anos foi agredido pelo assessor após ele não aceitar o fim do relacionamento.

A mãe da criança divulgou vídeos nas redes sociais que mostram o estado de saúde do filho, com diversos hematomas por todo o corpo. Em um dos vídeos, ela afirma que a criança foi agredida com pedradas, pauladas e socos.

Além disso, a mãe declarou à polícia que a criança foi jogada por cima do muro e, nesse momento, fugiu para um córrego próximo, de onde conseguiu seguir, bastante ferida, ao local de trabalho da mãe.

A criança, então, relatou a situação à mãe e foi encaminhada ao Hospital Municipal Tomas Martins, onde foi internada.

FICHA CRIMINAL

Em 2015, Jonas Conrado foi preso pela Polícia Civil de Parauapebas acusado de utilizar o nome do procurador de justiça Nelson Pereira Medrado, à época coordenador do Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e Corrupção (NCIC), e até de magistrados para cobrar valores entre R$ 250 mil e R$ 1 milhão de familiares de investigados da operação “Filisteu”, que prendeu envolvidos em fraudes na Câmara Municipal de Parauapebas.

Jonas Conrado foi acusado de afirmar aos familiares que as quantias seriam repassadas ao procurador, que estava à frente das investigações da operação, além dos presidentes do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e do Tribunal Regional Eleitoral, o que não era verdadeiro.

O homem tentava fazer as pessoas acreditarem que poderia auxiliar na soltura dos familiares presos.

Ele responde também a um processo por ter desferido um golpe de facão nas costas da ex-companheira, mãe da filha dele; a outro por dano, incêndio e perigo de desastre, sobre o qual não há muitos detalhes; e a um por vias de fato. Neste último caso, foi homologado um acordo com o Ministério Público para que Jonas pagasse um valor pecuniário para instituições beneficentes. (Thays Araujo e Clein Ferreira, com informações de Ronaldo Modesto)