O II Encontro de Formação Criminal Regional – Sudeste – foi realizado nesta quinta-feira (14), no Plenário da Câmara Municipal de Marabá, reunindo um seleto grupo de especialistas, autoridades e entusiastas do campo jurídico. O foco central do evento é o desenvolvimento de estratégias eficazes para a construção de discursos acusatórios convincentes no tribunal do júri.
A reportagem deste CORREIO esteve presente e conversou com José Edvaldo Pereira Salles, diretor-geral do Centro de Estudos do Ministério Público do Estado do Pará, que ressaltou a significância do evento: “Este encontro é resultado de uma parceria com o Centro de Apoio Operacional de Políticas Criminais, para discutir temas cruciais relacionados ao combate à criminalidade. Dentre esses temas, destacam-se as organizações criminosas e os crimes de homicídio.”
O encontro foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do MPPA, permitindo que uma audiência mais ampla, que inclui não apenas profissionais jurídicos, mas também estudantes, educadores e membros da comunidade afetada por questões legais, participe ativamente das discussões.
Leia mais:Jane Cleide Silva Souza, coordenadora das Promotorias de Justiça de Marabá, aproveitou a oportunidade para agradecer a todos os envolvidos na organização do evento. Ela enfatizou o valor de sediar o encontro em Marabá e como ele contribui para o desenvolvimento contínuo dos membros do MPPA.
O coordenador-geral dos promotores criminais do Ministério Público do Estado do Pará, José Maria Gomes, compartilhou os cinco temas prioritários que foram abordados durante o evento. “Nossa agenda inclui discussões sobre violência doméstica, organização criminosa, o funcionamento do tribunal do júri, questões relacionadas à execução penal e a formulação de políticas criminais em geral, com ênfase na perícia criminal”, listou.
Rafael Nepomuceno, promotor de combate ao crime organizado em Fortaleza, convidado para palestrar sobre a lei de combate a organizações criminosas, trouxe uma perspectiva prática sobre o desafio de enfrentar facções criminosas. Ele enfatizou a complexidade do fenômeno, destacando a necessidade de uma abordagem coordenada ao nível nacional para enfrentá-lo com sucesso.
Compondo a mesa do evento, o vice-prefeito de Marabá, Luciano Dias, manifestou seu entusiasmo com o encontro e agradeceu à iniciativa de trazer conhecimento relevante para a região. Ele mencionou sua experiência anterior no Ministério Público, em 1996, e observou como a estrutura e o impacto do órgão evoluíram desde então, usando a programação em questão para exemplificar o que sustentou. (Thays Araujo)