Aproximadamente duas mil pessoas já foram atingidas pelas enchentes em Marabá. As vítimas mais recentes são os moradores que residem à beira do Rio Itacaiunas que já começam a se preocupar com o avanço das águas. Nos últimos dois dias, famílias que residem na Folha 33 e no Bairro Carajás II (núcleo Cidade Nova) tiveram que deixar suas casas com pressa, em busca de abrigos públicos ou residência de parentes e amigos. Boletim emitido nesta sexta-feira (13) pela Eletronorte previa que o Tocantins atingiria o nível máximo de 11,93 metros, no entanto, por volta das 16 horas, as águas já ultrapassavam os 11,97 metros.
O descompasso entre os números acontece porque a Eletronorte não leva em consideração a incidência das chuvas. Os cálculos são feitos com base apenas na vazão média e nos níveis do reservatório da Usina de Tucuruí. Conforme dados divulgados na quinta-feira (12) pelo Instituto Clima Tempo, as chuvas na região Norte do Brasil ainda não darão trégua, principalmente no Pará. A informação publicada no site dom instituto revela que o excesso de umidade e calor, somado a presença da Zona de Convergência Intertropical sobre a costa Norte do país, estimulam o crescimento de nuvens carregadas sobre todos os estados dessa região.
#ANUNCIO
Leia mais:Há previsão de pancadas de chuva e risco de temporais, sendo que o Pará está entre as áreas do país que vão receber os maiores volumes de chuva até o dia 17 de abril. Já o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para um “Acumulado de Chuva” previsto para acontecer entre esta sexta-feira (13) e sábado (14). A estimativa do Inmet prevê chuva de 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia para as áreas do sudeste paraense, nordeste paraense, Marajó, baixo amazonas, sudoeste paraense e região metropolitana de Belém.
Folha 33
Gilvânia Ribeiro da Silva levou um susto na manhã de quinta-feira (12), quando viu que as águas tinham inundado a casa de vizinhos, na Rua V, número 112, na Folha 33, núcleo Nova Marabá. Ela mora há oito anos no mesmo endereço e disse que não esperava que o rio enchesse tanto, após a forte seca do ano passado. “O rio secou tanto em 2017 que eu pensei que ele não subiria desse jeito”, afirmou. Ela teme que o nível do Itacaiunas suba ainda mais e chegue até a residência onde vive.
A moradora também se diz bastante contrariada com a Prefeitura por não ter recebido nenhum ajuda. “A gente queria que fizessem um abrigo aqui para a gente ficar perto de casa e poder vigiar nossas coisas para que os ladrões não levem nada embora. Mas, liga para lá e as atendentes tratam a gente com muita ignorância, dizendo com rispidez que já sabem que a a 33 está alagada, mas não dão solução. Isso vem ocorrendo desde segunda-feira (9)”, contou.
Gilvânia disse ainda que se tivesse condições de ir para outro lugar e de pagar aluguel, mudaria sem pensar duas vezes. “A casa é cheia de crianças e a gente se preocupa com a segurança delas. O seu Ronald [amigo da família] até cedeu o campo aqui ao lado para fazer abrigo”, detalhou. Regilene da Silva foi outra que reclamou da situação. “Se der uma chuva, a água entra toda para dentro de casa e não tem para aonde escorrer, porque o rio já chegou ao quintal. Se isso acontecer, vou perder todas as minhas coisas”, disse, aflita.
Itacaiunas está avançando sobre áreas onde nunca havia chegado
As pessoas que moram no fim da Avenida Tocantins, no Bairro Carajás II, núcleo Cidade Nova, também enfrentaram dificuldades nos últimos dias. Em fevereiro, parte delas já havia saído do local, mas, como o Rio Itacaiunas recuou, muitos moradores retornaram para as residências. Porém, nesta quinta-feira (12) e sexta-feira (13) tiveram que abandonar tudo de novo, acompanhadas de mais desabrigados. Um dos moradores que havia retornado e nesta semana deixou de novo o local é o mecânico José Pereira da Silva, que se mudou para o bairro há três anos com mais quatro pessoas da família.
“Se eu soubesse que aqui viria água desse jeito, eu não teria construído casa aqui”, disse ele, que anteriormente vivia no Bairro Liberdade. “Não sabia que tinha possibilidade de encher, gastei minhas economias todas e fiz casinha pra mim e para minha família, mas infelizmente agora é esperar a água baixar”, declarou, desolado. Homens do Exército o auxiliavam com a mudança e agora a família está abrigada na casa da sogra de José.
Para conhecer o drama dos moradores de perto, uma equipe do CORREIO percorreu, com o auxílio de uma rabeta, as ruas do bairro e constatou que já há inúmeras casas submersas.
O pedreiro José Azevedo da Cruz viu seu imóvel ser tomado pelas águas mais uma vez. “A situação foi péssima, porque a gente não esperava. Veio rápido demais, as coisas de compensado acabaram tudo. Depois voltamos para casa e aconteceu novamente, agora estamos alagados aqui e um vai ajudando o outro”, declarou, dizendo que contou com a ajuda do exército, corpo de bombeiros e defesa civil para retirar alguns pertences de casa.
O casal Sílvia e Fernando Matos também são moradores do bairro há oito anos e contaram que não vão deixar a casa para viver em abrigo. “Não saímos nem da primeira vez, nem sairemos da segunda”. Para minimizar os prejuízos, eles subiram todos os móveis que têm dentro da residência e ainda carregaram as galinhas que criavam para um local seco até que as águas baixem.
“Nós subimos geladeira, televisão, cama”, disse Silvia. Ela relatou ao CORREIO que a única ajuda que recebeu da Defesa Civil foi um restante de cesta básica, sem materiais de limpeza e colchão. “Vieram algumas coisas só. A gente vai vender o que a gente tem para ter o que comer”, desabafou.
Bombeiros e Defesa Civil divergem quanto ao número de desabrigados
Os dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros e pelo Departamento de Defesa Civil do município nesta sexta-feira (13) divergem sobre o número de atingidos pelas enchentes. Segundo o major Paulo César Vaz Júnior, subcomandante do CB, duas mil famílias teriam sido prejudicadas pelo alto nível dos rios. No entanto, nota da assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá, encaminhada à Redação, dá conta de 1.700 famílias ou 300 famílias a menos. Mais abrigos foram montados na cidade para atender a nova demanda.
De acordo com o major, Marabá está entrando no terceiro mês de enchentes e, para atender a todos os desabrigados e desalojados, uma operação em conjunto foi montada. “Temos atuado diretamente com a Prefeitura Municipal de Marabá, através da Defesa Civil e Secretaria Municipal de Assistência Social, bem como com o Exército Brasileiro”, explica, afirmando que, com o aumento do volume das águas, cerca de 120 famílias estão sendo retiradas das áreas alagadas e levadas para abrigos públicos ou para a casa de amigos e parentes.
“Estamos com um total de aproximadamente 2 mil famílias atingidas em Marabá. Destas, que chamamos de desabrigados, 450 estão em abrigos oficiais da Prefeitura”. Paulo César disse também que o comportamento do rio vem sendo observado nos últimos oito anos, mas que em 2018 a cota de aumento foi bem maior. “Continuamos com viaturas, juntamente com o Exército e caminhões alugados pela Prefeitura, atendendo toda a população que está sendo atingida pela cheia dos rios”, completou.
Secretária de Assistência Social diz que vem cumprindo seu papel
Já a secretária municipal de Assistência Social, Nadjalucia Oliveira Lima, confirmou que tem atuado em busca de benefícios para os atingidos. “Nós estamos, juntamente com a Defesa Civil, fazendo cadastro e também articulação com entidades, empresários e governo do Estado para que venham mais benefícios, especialmente cestas básicas, para o município”, declarou.
“Hoje, eu tive uma conversa com o secretário de estado de Promoção Social, que sinalizou positivamente e possivelmente no inicio da semana que vem vai estar em Marabá para a gente providenciar e verificar o perfil das famílias para saber que tipo de atendimento, além de cesta básica, pode dar”, reiterou, dizendo que todas as doações, tão logo cheguem, devem ser encaminhas à sede da Defesa Civil de Marabá.
Chá de sumiço
Equipes do CORREIO passaram a sexta-feira (13) procurando pelo chefe da Defesa Civil Municipal, Jairo Milhomem, sem localizá-lo. Várias chamadas foram feitas aos contatos telefônicos dele, em vão. No final da tarde, a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá encaminhou nota com dados sobre abrigos, atingidos e áreas alagadas. Segue a nota, na íntegra:
“Algumas zonas da cidade estão alagadas, principalmente parte do Bairro Santa Rosa, Bairro Independência e Liberdade e parte do núcleo São Félix, além da orla que está parcialmente alagada. O número de famílias desabrigadas chega a 1700, distribuídas em seis pontos de acolhimento. A defesa civil está expandindo alguns abrigos e criando novos pontos para atender a população desalojada. Todos estão recebendo água mineral, cestas básicas, kits de higiene pessoal, gás de cozinha e assistência médica. Vinte e dois caminhões estão em ação fazendo o transporte dessas famílias, incluindo veículos do Exército, bombeiros e caminhões alugados pela prefeitura. Cerca de 200 pessoas estão envolvidas na operação”, finaliza o comunicado.
(Nathália Viegas)
Aproximadamente duas mil pessoas já foram atingidas pelas enchentes em Marabá. As vítimas mais recentes são os moradores que residem à beira do Rio Itacaiunas que já começam a se preocupar com o avanço das águas. Nos últimos dois dias, famílias que residem na Folha 33 e no Bairro Carajás II (núcleo Cidade Nova) tiveram que deixar suas casas com pressa, em busca de abrigos públicos ou residência de parentes e amigos. Boletim emitido nesta sexta-feira (13) pela Eletronorte previa que o Tocantins atingiria o nível máximo de 11,93 metros, no entanto, por volta das 16 horas, as águas já ultrapassavam os 11,97 metros.
O descompasso entre os números acontece porque a Eletronorte não leva em consideração a incidência das chuvas. Os cálculos são feitos com base apenas na vazão média e nos níveis do reservatório da Usina de Tucuruí. Conforme dados divulgados na quinta-feira (12) pelo Instituto Clima Tempo, as chuvas na região Norte do Brasil ainda não darão trégua, principalmente no Pará. A informação publicada no site dom instituto revela que o excesso de umidade e calor, somado a presença da Zona de Convergência Intertropical sobre a costa Norte do país, estimulam o crescimento de nuvens carregadas sobre todos os estados dessa região.
#ANUNCIO
Há previsão de pancadas de chuva e risco de temporais, sendo que o Pará está entre as áreas do país que vão receber os maiores volumes de chuva até o dia 17 de abril. Já o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para um “Acumulado de Chuva” previsto para acontecer entre esta sexta-feira (13) e sábado (14). A estimativa do Inmet prevê chuva de 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia para as áreas do sudeste paraense, nordeste paraense, Marajó, baixo amazonas, sudoeste paraense e região metropolitana de Belém.
Folha 33
Gilvânia Ribeiro da Silva levou um susto na manhã de quinta-feira (12), quando viu que as águas tinham inundado a casa de vizinhos, na Rua V, número 112, na Folha 33, núcleo Nova Marabá. Ela mora há oito anos no mesmo endereço e disse que não esperava que o rio enchesse tanto, após a forte seca do ano passado. “O rio secou tanto em 2017 que eu pensei que ele não subiria desse jeito”, afirmou. Ela teme que o nível do Itacaiunas suba ainda mais e chegue até a residência onde vive.
A moradora também se diz bastante contrariada com a Prefeitura por não ter recebido nenhum ajuda. “A gente queria que fizessem um abrigo aqui para a gente ficar perto de casa e poder vigiar nossas coisas para que os ladrões não levem nada embora. Mas, liga para lá e as atendentes tratam a gente com muita ignorância, dizendo com rispidez que já sabem que a a 33 está alagada, mas não dão solução. Isso vem ocorrendo desde segunda-feira (9)”, contou.
Gilvânia disse ainda que se tivesse condições de ir para outro lugar e de pagar aluguel, mudaria sem pensar duas vezes. “A casa é cheia de crianças e a gente se preocupa com a segurança delas. O seu Ronald [amigo da família] até cedeu o campo aqui ao lado para fazer abrigo”, detalhou. Regilene da Silva foi outra que reclamou da situação. “Se der uma chuva, a água entra toda para dentro de casa e não tem para aonde escorrer, porque o rio já chegou ao quintal. Se isso acontecer, vou perder todas as minhas coisas”, disse, aflita.
Itacaiunas está avançando sobre áreas onde nunca havia chegado
As pessoas que moram no fim da Avenida Tocantins, no Bairro Carajás II, núcleo Cidade Nova, também enfrentaram dificuldades nos últimos dias. Em fevereiro, parte delas já havia saído do local, mas, como o Rio Itacaiunas recuou, muitos moradores retornaram para as residências. Porém, nesta quinta-feira (12) e sexta-feira (13) tiveram que abandonar tudo de novo, acompanhadas de mais desabrigados. Um dos moradores que havia retornado e nesta semana deixou de novo o local é o mecânico José Pereira da Silva, que se mudou para o bairro há três anos com mais quatro pessoas da família.
“Se eu soubesse que aqui viria água desse jeito, eu não teria construído casa aqui”, disse ele, que anteriormente vivia no Bairro Liberdade. “Não sabia que tinha possibilidade de encher, gastei minhas economias todas e fiz casinha pra mim e para minha família, mas infelizmente agora é esperar a água baixar”, declarou, desolado. Homens do Exército o auxiliavam com a mudança e agora a família está abrigada na casa da sogra de José.
Para conhecer o drama dos moradores de perto, uma equipe do CORREIO percorreu, com o auxílio de uma rabeta, as ruas do bairro e constatou que já há inúmeras casas submersas.
O pedreiro José Azevedo da Cruz viu seu imóvel ser tomado pelas águas mais uma vez. “A situação foi péssima, porque a gente não esperava. Veio rápido demais, as coisas de compensado acabaram tudo. Depois voltamos para casa e aconteceu novamente, agora estamos alagados aqui e um vai ajudando o outro”, declarou, dizendo que contou com a ajuda do exército, corpo de bombeiros e defesa civil para retirar alguns pertences de casa.
O casal Sílvia e Fernando Matos também são moradores do bairro há oito anos e contaram que não vão deixar a casa para viver em abrigo. “Não saímos nem da primeira vez, nem sairemos da segunda”. Para minimizar os prejuízos, eles subiram todos os móveis que têm dentro da residência e ainda carregaram as galinhas que criavam para um local seco até que as águas baixem.
“Nós subimos geladeira, televisão, cama”, disse Silvia. Ela relatou ao CORREIO que a única ajuda que recebeu da Defesa Civil foi um restante de cesta básica, sem materiais de limpeza e colchão. “Vieram algumas coisas só. A gente vai vender o que a gente tem para ter o que comer”, desabafou.
Bombeiros e Defesa Civil divergem quanto ao número de desabrigados
Os dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros e pelo Departamento de Defesa Civil do município nesta sexta-feira (13) divergem sobre o número de atingidos pelas enchentes. Segundo o major Paulo César Vaz Júnior, subcomandante do CB, duas mil famílias teriam sido prejudicadas pelo alto nível dos rios. No entanto, nota da assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá, encaminhada à Redação, dá conta de 1.700 famílias ou 300 famílias a menos. Mais abrigos foram montados na cidade para atender a nova demanda.
De acordo com o major, Marabá está entrando no terceiro mês de enchentes e, para atender a todos os desabrigados e desalojados, uma operação em conjunto foi montada. “Temos atuado diretamente com a Prefeitura Municipal de Marabá, através da Defesa Civil e Secretaria Municipal de Assistência Social, bem como com o Exército Brasileiro”, explica, afirmando que, com o aumento do volume das águas, cerca de 120 famílias estão sendo retiradas das áreas alagadas e levadas para abrigos públicos ou para a casa de amigos e parentes.
“Estamos com um total de aproximadamente 2 mil famílias atingidas em Marabá. Destas, que chamamos de desabrigados, 450 estão em abrigos oficiais da Prefeitura”. Paulo César disse também que o comportamento do rio vem sendo observado nos últimos oito anos, mas que em 2018 a cota de aumento foi bem maior. “Continuamos com viaturas, juntamente com o Exército e caminhões alugados pela Prefeitura, atendendo toda a população que está sendo atingida pela cheia dos rios”, completou.
Secretária de Assistência Social diz que vem cumprindo seu papel
Já a secretária municipal de Assistência Social, Nadjalucia Oliveira Lima, confirmou que tem atuado em busca de benefícios para os atingidos. “Nós estamos, juntamente com a Defesa Civil, fazendo cadastro e também articulação com entidades, empresários e governo do Estado para que venham mais benefícios, especialmente cestas básicas, para o município”, declarou.
“Hoje, eu tive uma conversa com o secretário de estado de Promoção Social, que sinalizou positivamente e possivelmente no inicio da semana que vem vai estar em Marabá para a gente providenciar e verificar o perfil das famílias para saber que tipo de atendimento, além de cesta básica, pode dar”, reiterou, dizendo que todas as doações, tão logo cheguem, devem ser encaminhas à sede da Defesa Civil de Marabá.
Chá de sumiço
Equipes do CORREIO passaram a sexta-feira (13) procurando pelo chefe da Defesa Civil Municipal, Jairo Milhomem, sem localizá-lo. Várias chamadas foram feitas aos contatos telefônicos dele, em vão. No final da tarde, a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá encaminhou nota com dados sobre abrigos, atingidos e áreas alagadas. Segue a nota, na íntegra:
“Algumas zonas da cidade estão alagadas, principalmente parte do Bairro Santa Rosa, Bairro Independência e Liberdade e parte do núcleo São Félix, além da orla que está parcialmente alagada. O número de famílias desabrigadas chega a 1700, distribuídas em seis pontos de acolhimento. A defesa civil está expandindo alguns abrigos e criando novos pontos para atender a população desalojada. Todos estão recebendo água mineral, cestas básicas, kits de higiene pessoal, gás de cozinha e assistência médica. Vinte e dois caminhões estão em ação fazendo o transporte dessas famílias, incluindo veículos do Exército, bombeiros e caminhões alugados pela prefeitura. Cerca de 200 pessoas estão envolvidas na operação”, finaliza o comunicado.
(Nathália Viegas)