A principal meta do Clube do Remo em uma temporada oficial, em campo, é poder desfrutar o máximo possível dos benefícios das partidas, seja dentro ou fora de casa. Por isso, o desejo incessante do acesso à Série B, algo que, além de deixar a agremiação em evidência, seria uma ponte fundamental para o resguardo financeiro, uma vez, que as cotas de transmissão, bem como parcerias mais vantajosas, seriam relativamente mais fáceis de serem fechadas. Mas, de acordo com o cronograma disponibilizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na quarta-feira passada (3), referente às datas oficiais das competições, os azulinos devem diminuir a participação em certames, já que a Copa Verde não foi confirmada até o momento.
Sendo assim, três são os campeonatos que o Remo está com a vaga garantida: o Estadual; Copa do Brasil e Série C. Para alguns, a ausência do regional não faz muita falta, já que a bonificação para o campeão não chega a “brilhar os olhos”. Contudo, o torneio é uma das prioridades para os pré-candidatos pelo caixa fora das quatro linhas, ou seja, a receita oriunda pela arquibancada e pelo sócio-torcedor.
É bom lembrar que, ao campeão, pelo menos nas últimas temporadas, foi cedida uma vaga de paraquedas nas oitavas de final do ano seguinte na Copa do Brasil, que geralmente pagam uma cota recheada na etapa.
Leia mais:Apesar do retrospecto desastroso na Copa Verde, o retorno financeiro não foi tão ruim. Desde 2015, quando figurou entre os finalistas daquela edição, 12 jogos foram realizados em Belém. Naquele ano, a agremiação faturou mais de R$ 3 milhões de bilheteria bruta, cerca de R$ 975 mil somente na final diante do Cuiabá no jogo de ida, na capital paraense.
EXPECTATIVA
De acordo com o treinador João Neto, caso ocorra, o torneio será prioridade, assim como todas as outras competições. “A gente como profissional da área, temos que mirar um objetivo que é sempre vencer ou fazer campanhas positivas que tenham a nossa participação. (Financeiro) é importante, claro, mas é uma competição que nos prepara contra times de outros estados para o Nacional, que é uma prioridade”, explicou.
ATIVIDADE PROLONGADA
Embora a equipe não conte, a priori, com a Copa Verde para o ano que vem, ao menos um ponto pareceu positivo para 2019 na programação do Remo. Caso chegue à fase final e conquiste o aceso, o time jogará até o começo de outubro, diferentemente desse ano, que findou em setembro.
“É cedo falar sobre qualquer coisa, mas tudo que for ajudar o Remo a estar em campo é positivo, sim. Esperamos que nesse período o acesso seja alcançado. Vamos trabalhar dia e noite para isso”, destacou o gerente de futebol Ari Barros.
EM NÚMEROS RENDA BRUTA EM BELÉM EM JOGOS PELA COPA VERDE
2015
– Remo 2 x 0 Rio Branco-AC
Renda: R$ 116.202
– Remo 2 x 1 Princesa dos Solimões-AM
Renda: R$ 163.520
– Remo 0 x 2 Paysandu
Renda: R$ 390.808 (conjunto)
– Remo 2 (5) x (4) 2 Paysandu
Renda: R$ 491. 063 (conjunto)
– Remo 4 x 1 Cuiabá
Renda: R$ 976.056
2016
– Remo 4 x 0 Náutico-RR
Renda: R$ 35.951
– Remo 1 x 0 Nacional-AM
Renda: R$ 71.193
– Remo 1 x 2 Paysandu
Renda: R$ 205.591 (conjunto)
– Remo 2 x 4 Paysandu
Renda: R$ 412.854 (conjunto)
2017
– Remo 1 x 1 Atlético-AC
Renda: R$ 155.805
– Remo 2 x 1 Santos-AP
Renda: R$ 124.240
2018
– Remo 1 x 1 Manaus-AM
Renda: R$ 189.400
(Fonte:Diário do Pará)