Correio de Carajás

Brasileiro que fugiu da prisão é acusado de matar estudante antes de fugir do Brasil

Na época, criminoso teria se escondido na mata para não ser preso

Legenda: Brasileiro está foragido há quase duas semanas Foto: Divulgação/Departamento de Polícia de Chester County

Sentenciado à prisão perpétua pelos tribunais norte-americanos, o brasileiro Danilo Cavalcante, que está foragido há quase duas semanas, é acusado de ter assassinado um estudante, no Tocantins, antes de se mudar para os Estados Unidos. Na época, para não ser preso, ele permaneceu escondido na mata, experiência que pode estar ajudando durante a fuga atual.

Nascido no Maranhão, o homem se mudou para o Tocantins com alguns parentes, e passou a trabalhar na lavoura, de acordo com informações do Fantástico. Em novembro de 2017, durante uma festa na cidade de Figueirópolis, Danilo assassinou o estudante Walter Júnior a tiros, perto de um trailer de lanches.

Ao investigar a ocorrência, as autoridades descobriram que o estudante possuía uma dívida com Danilo.

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Uma semana após o crime, a Justiça aceitou o pedido de prisão feito pelo Ministério Público contra o lavrador. Danilo, no entanto, nunca foi capturado, mantendo-se escondido “no mato”, segundo informado pelo tenente-coronel George Bivens ao jornal americano Philadelphia Inquirer.

Em janeiro de 2018, ele conseguiu escapar, embarcando rumo aos Estados Unidos. O embarque do brasileiro, realizado no Aeroporto de Brasília, não foi impedido porque a Justiça do Tocantins ainda não havia registrado a deliberação no Banco Nacional de Mandados. A ação só ocorreu meses depois, em junho.

PRISÃO NOS EUA
Em solo norte-americano, Danilo Cavalcante matou a esposa, Deborah Brandão. Ela foi esfaqueada 38 vezes, na frente dos filhos pequenos. Pelo crime, ele foi condenado à prisão perpétua em um presídio do condado de Chester, na Pensilvânia.

No fim do mês passado, porém, o homem conseguiu escapar e segue foragido, preocupando moradores de localidades próximas à unidade de segurança. A região possui amplas áreas verdes, o que Bivens acredita estar facilitando a fuga do brasileiro, já que ele possui experiência em se esconder na mata.

(Diário do Nordeste)