O CORREIO conversou com Orlando Lima Costa, pai de Ingridy Salvino Costa, jovem de 23 anos que morreu afogada na manhã deste domingo (10), na Praia do Tucunaré, em Marabá. Abatido, em poucas palavras o homem dividiu seus sentimentos diante da tragédia.
Rabeteiro há muitos anos, Orlando frisa que os diversos buracos que existem no extenso banco de areia que forma a Praia do Tucunaré, são um ato de irresponsabilidade das dragas que fazem a captura desse tipo de material. “Esse negócio de água, praia, a pessoa tem que tá muito atento a esses buracos que são mais fundos. E aí acontece isso, essa tragédia”, desabafou. Ele conta, ainda, que Ingridy era a mais velha entre seus três filhos.
O homem ressalta que o Corpo de Bombeiros deveria estar na praia, para dar apoio a esse tipo de situação. Ele afirma que a filha sabia nadar, mas não soube dizer o mesmo sobre o genro, Wesllym Almeida dos Santos, de 25 anos.
Leia mais:O casal perdeu a vida em circunstâncias que ainda não estão claras, tendo em vista que há duas versões para o ocorrido.
A primeira, apurada pela Reportagem do Correio junto a outros banhistas, no local da tragédia, dá conta que tão logo chegaram e guardaram as mochilas, foram tomar banho. Ingridy entrou em um “buraco” e não conseguia voltar e o namorado, Wesllym, foi atrás. Os dois acabaram sucumbindo nas águas do Rio Tocantins.
Outra versão, apurada pela polícia e que consta no Boletim de Ocorrência, informa que o casal encontrava-se consumindo bebidas alcoólicas na praia, quando visualizaram uma criança em risco de afogamento às margens do rio e decidiram socorrer. Assim, adentraram nas águas e ambos foram levados pela forte correnteza do rio, morrendo no próprio local.
Uma guarnição da Polícia Militar chegou ao local pouco tempo depois e agentes do Instituto Médico Legal foram retirar o corpo para perícia. (Josseli Carvalho, Ulisses Pompeu e Luciana Araújo)