Um colírio feito a partir de uma geleia presente no cordão umbilical humano está sendo usado experimentalmente para tratar inflamações que seriam capazes de limitar a visão em alguns pacientes.
Os testes acontecem na França, e incluem pacientes que têm úlcera persistente na córnea. A condição é caracterizada por uma ferida na película do olho, em geral causada por infecções, e tem uma cicatrização lenta.
A parte do cordão umbilical usada para fazer o colírio é conhecida como Geleia de Wharton, e tem sido usada pela medicina de forma experimental para tratar diversas condições, especialmente acelerando a cicatrização em casos de artrose, por exemplo.
Leia mais:Colírio quer acelerar cicatrização
De acordo com o registro do estudo clínico, o ensaio está sendo realizado desde maio em seis hospitais. Os pacientes recebem aplicações diárias de uma gota cinco vezes ao dia, por 40 dias. Os pesquisadores querem verificar se o tratamento será capaz de acelerar a cicatrização e reestabelecer uma visão plena. Os resultados deverão ser publicados em dezembro deste ano.
O tratamento atual para úlceras persistentes na córnea geralmente envolve antibióticos para matar bactérias, dando à córnea a chance de se cicatrizar, além de analgésicos para aliviar o desconforto da ferida. No entanto, em alguns casos, o tratamento pode levar várias semanas e formar cicatrizes rígidas que geram danos permanetes à visão.
(Metrópoles)