O candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, voltou a atacar o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) no início da madrugada desta sexta-feira, em entrevista coletiva após o debate realizado pela “Rede Globo”, o último antes das eleições de domingo.
Ciro criticou Bolsonaro por não comparecer ao debate alegando motivos médicos e conceder entrevista simultânea à “Rede Record”. Para o ex-governador do Ceará, a atitude do capitão da reserva do Exército e líder da pesquisa Datafolha divulgada ontem, com 35% dos votos, é uma prova da falta de cultura democrática no país.
“Quem faz esse tipo de coisa não respeita regra nenhuma, é um espertalhão. É um espertalhão que nunca administrou um botequim dos pequenos. É deputado há 28 anos, nunca fez nada, é ligado a tudo de podre e salafrário do Rio de Janeiro. E, alegando para seu militante que está com problemas de ordem médica, dá uma entrevista de muito mais tempo do que ficar sentado aqui cinco, dez minutos”, afirmou Ciro.
Leia mais:O candidato do PDT, terceiro colocado na pesquisa do Datafolha, com 11% dos votos, fez uma análise do quadro político brasileiro e também atacou o PT por dar condições para o crescimento de Bolsonaro.
“Tive tempo de mostrar minhas propostas, não foi isso que definiu as coisas. Foi mais a leitura que a grande mídia fez e o oportunismo do PT, que achava que era mais fácil derrotá-lo. O PT nunca quis conversar sobre isso. Bolsonaro é produto do antipetismo”, avaliou o ex-governador na entrevista coletiva.
Ciro fez um pedido aos eleitores para que, no domingo, não aceitem a polarização estabelecida pelos oponentes ao longo da campanha.
“Estou preocupado com a sorte do Brasil. Meu país está caminhando para um precipício, e minha vida dada a esse país me impede e me recomenda que eu, com toda minha sinceridade e tranquilidade, mas com toda a minha força moral, peça ao brasileiro que pense muito antes de votar em um despreparado, que representa os interesses mais subalternos do baronato brasileiro e em um antipetismo que perdeu a condição política de nos proteger disso”, disse. (EFE)