Com o objetivo de apresentar os dados do mercado segurador da região Norte do País no primeiro semestre de 2023, aconteceu nesta terça-feira, 22, o Encontro Setorial em Belém, com participação de centenas de representantes do evento. O CORREIO DE CARAJÁS esteve na programação, a convite dos organizadores.
Promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e pelo Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindsegnne), o encontro destacou a vasta procura por produtos oferecidos pelas seguradoras, assim como os desafios e oportunidades que o mercado possui na atualidade.
A abertura do Encontro Setorial contou com a presença do governador do Pará, Helder Barbalho; do presidente da CNseg, Dyogo Oliveira; do presidente do Sindsegnne, Ronaldo Dalcin; e da presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Pará, Margarete Braga.
Leia mais:Segundo os dados divulgados pela Confederação, no Pará o mercado segurador arrecadou R$ 2,2 bilhões, um crescimento de mais de 11% se comparado ao mesmo período do ano de 2022.
Danos e responsabilidades foram os segmentos com avanços mais expressivos. Crédito e garantia cresceram 41,8%; rural 26,5%; automóvel 20%; e residencial 20,7%.
Em contrapartida, o setor segurador no Estado do Pará pagou mais de R$ 488,8 milhões em indenizações, benefícios, resgastes e sorteios. O produto que mais pagou no primeiro semestre de 2023 foi automóvel, ultrapassando R$ 206 milhões.
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, afirma que existem quatro eixos de trabalho que irão balizar as ações até 2030, tanto no âmbito do setor público como no setor privado: imagem do seguro, canais de distribuição, produtos e eficiência regulatória.
Para ele, o objetivo do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização (PDMS) é aumentar a parcela da população atendida em 20% pelos diversos produtos do mercado. Além disso, o setor quer elevar o pagamento de indenizações, benefícios, sorteios, resgates e despesas médicas e odontológicas dos atuais 4,6% do PIB (Produto Interno Bruto) para 6,5%.
“O Plano foi criado a partir da percepção de que o setor pode gerar mais reservas para a poupança nacional e direcionar mais recursos para importantes projetos nacionais, apoiando iniciativas públicas e privadas. Nós assumimos riscos das mais diversas atividades econômicas e oferecemos proteção aos indivíduos e às empresas”, disse Dyogo, ressaltando que a estimativa é que até 2030 o mercado segurador chegue a 10% do PIB.
O presidente do Sindsegnne, Ronaldo Dalcin, avalia o encontro como uma aproximação da Confederação com o mercado segurador do Norte do Brasil, avaliado com um enorme potencial de crescimento por conta da sua extensão territorial que ‘convida’ para grandes desafios.
“Temos uma expectativa muito grande para este encontro. Que ele se torne um promotor deste Plano de Desenvolvimento que tem metas ousadas para o mercado segurador, elevando a um patamar muito maior do que aquele em que estamos hoje. Temos a responsabilidade de democratizar cada vez mais o acesso à utilização de seguros de forma clara e o quanto ele é indispensável para o desenvolvimento da economia e também da sociedade. Não existe nação sólida que não passe obrigatoriamente por uma indústria de seguros forte e robusta. Nossa função é garantir a proteção e segurança financeira, mitigando os riscos e reequilibrando o fluxo de divisas da economia”, disse Ronaldo.
Outro ponto levantado por ele foi a necessidade da melhoria da comunicação com a sociedade. Para ele, é importante disseminar a importância de um seguro para a população e, uma das formas utilizadas pelo sindicato, tem sido a simplificação da linguagem e a aproximação da imprensa não especializada para pautas de interesse da sociedade.
A repórter Ana Mangas representou do Portal CORREIO DE CARAJÁS, assim como oito jornalistas que representaram outros estados da região Norte. (Ana Mangas)