Na manhã desta quinta-feira, 10, o Instituto Miguel Chamon chegou aos bairros Araguaia e Nossa Senhora Aparecida (‘Fanta’ e ‘Coca’, respectivamente), estacionando seus caminhões, que também são consultórios, na Avenida Araguaia, esquina com a Rua Gênesis (Bairro Araguaia). E por lá deve permanecer até sábado, 12.
Nos três dias em que ficará na divisa entre ‘Fanta’ e ‘Coca’, a instituição prevê que serão realizados pelo menos 1.200 atendimentos, dados informados por Amanda Cavalcante, presidente da instituição. Para o CORREIO, ela frisa que não é recomendado que a população passe longas horas – às vezes quase um dia inteiro – nas filas que se formam às portas dos caminhões.
A equipe da entidade entende que essa situação é reflexo da necessidade do marabaense, que muitas vezes não tem sucesso em sua busca por atendimento público de saúde de qualidade. E por estar ciente desse cenário, o Instituto inicia todos os dias de trabalho às 6h30 da manhã, distribuindo as fichas e colocando todo seu empenho para atender aqueles que precisam.
Leia mais:Para o CORREIO, Amanda compartilha que pessoas que foram atendidas em outras oportunidades, receberam seus óculos e gostaram do serviço prestado, estão buscando o Instituto novamente, pois confiam e reconhecem o trabalho da entidade. “Dessa vez nós viemos com uma cara diferente, anteriormente nós estávamos mostrando o que era o nosso trabalho e agora as pessoas já nos aguardam, alguns nos reconhecem e a maioria está voltando”.
NECESSIDADE
“Eu vim aqui para fazer exame de vista, mas consegui para clínico geral. Não deu para um, mas deu para o outro, não perdi a viagem. Vim me aventurar e o que conseguisse tava bom”, conta a dona de casa Marinete da Conceição Alves.
Ela chegou ao local ainda nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, às 5 horas. Feliz com a oportunidade proporcionada pelo instituto, Marinete reafirma o que diversas outras pessoas que já foram atendidas também destacaram: atendimento rápido e de qualidade.
Hugo Wesley, autônomo de 30 anos, é morador do Bairro KM 7 e participou da ação pela primeira vez, buscando atendimento oftalmológico. E para assegurar sua consulta, ele entrou na fila ainda na noite de quarta-feira, por volta das 20 horas. “Estou bem ansioso, mas graças a Deus vai dar certo”.
Ele compartilha que há algum tempo está precisando de óculos de grau e destaca que esse tipo de serviço em clínicas particulares é muito caro, enquanto no serviço público de saúde, o atendimento é mais difícil de conseguir.
Para Maria de Jesus da Conceição Neves, dona de casa de 80 anos, moradora do Bairro Araguaia, o Instituto Miguel Chamon proporcionou pela segunda vez a ‘consulta de vista’ que ela estava precisando.
Dona Maria é uma das pessoas que ficaram satisfeitas com o serviço que receberam em 2021 e aproveitou, novamente, os benefícios proporcionados pela instituição. “Eu gosto do atendimento, acho importante”. (Thays Araujo e Luciana Araújo)