A Vale, por meio do Consórcio Ponte sobre o Rio Tocantins (CPRT), instalará sinalização náutica temporária na área do projeto de construção das duas novas pontes no rio, em Marabá. O objetivo é garantir a segurança da navegação durante o período das obras, tendo em vista a movimentação de embarcações na região.
Em todas as etapas de trabalho embarcado haverá um canal navegável no rio. A área livre para navegação será sinalizada com boias luminosas e placas, facilitando a identificação dos locais seguros para passagem de barcos.
Serão utilizados três tipos de boias luminosas, de acordo com o projeto de sinalização. As verdes e vermelhas serão usadas para demarcar o canal navegável. Já as boias amarelas, contendo um X no topo, indicarão as áreas que devem ser evitadas em qualquer situação.
Leia mais:A previsão é que a implantação da sinalização náutica seja concluída neste mês. Em seguida, o CPRT deve iniciar a execução dos apoios dentro do rio, com auxílio de barcaças com guindastes e outras embarcações, para transportar as estruturas das margens ao local de instalação. Atualmente, o Consórcio executa a etapa de implantação das estacas em solo.
Apresentado à Marinha do Brasil, o plano de navegabilidade foi elaborado com base nas Normas da Autoridade Marítima (Normam) 11 e 17 que definem regras de sinalização náutica específicas para obras sobre águas, pontes e canais. A fim de reforçar a segurança das pessoas que transitam pelo rio, o projeto também foi apresentado à comunidade pesqueira da região.
“A sinalização náutica é um dos requisitos mais importantes para a segurança da navegação. É como em uma estrada: a sinalização correta evita acidentes e protege a vida de todos que utilizam a via, de pedestres a motoristas. No rio, as boias, as placas e os avisos servem de apoio para que os navegantes se localizem visualmente, em ambos os sentidos, mesmo em situações de baixa visibilidade”, explica o líder do projeto, Marcello Puzziello.
A reportagem do CORREIO enviou à assessoria da Vale fotos de um conjunto de balsas que estão ancoradas próximo à JC Náutica, no Bairro Santa Rita. A empresa confirmou a informação de pescadores de que elas serão usadas nas obras da ponte, mas não informou quando subirão, passando por um trecho de pedral que existe no caminho das obras da ponte.
Programa de apoio atende pescadores artesanais da região
Como parte do Plano Básico Ambiental (PBA) previsto no processo de licenciamento do projeto, a Vale executa programas ambientais, como de monitoramento de água, ar e ruído, durante a execução das obras.
A empresa também desenvolve o Programa de Apoio a Pescadores Artesanais. Uma das ações já implementadas foi a constituição de um comitê gestor formado por representantes das secretarias municipais de Assistência Social Proteção e Assuntos Comunitários e de Meio Ambiente, da Colônia de Pescadores e lideranças pesqueiras localizados na área de influência direta do empreendimento. O grupo realiza reuniões periódicas para dialogar sobre o projeto.
Pontes vão contribuir para mobilidade urbana
Iniciada em 2022, a obra das novas pontes está na fase de infraestrutura da fundação. Desenvolvido pela Vale, o empreendimento contribuirá com a mobilidade urbana do município e com a logística do transporte de minério e carga geral, como soja, milho e combustível.
O projeto prevê a construção de duas novas pontes ao lado da estrutura rodoferroviária atual, cada uma com 2,3 km de extensão. Uma ponte será exclusivamente rodoviária, o que irá desafogar o trânsito em Marabá e reforçar a ligação entre o sudeste do Pará e outros Estados. E a outra será ferroviária, contribuindo para o aumento da capacidade da ferrovia Carajás. O investimento total previsto é de R$ 4,1 bilhões. O prazo de construção da obra é de cinco anos. (Com informações da Ascom Vale)