Correio de Carajás

Marabá poderia ter 27.940 mortes imediatas se bomba atômica fosse lançada na cidade

Bomba atômica jogada em Hiroshima, pelos EUA, em 1945

Na onda do filme Oppenheimer, dirigido pelo cineasta Christopher Nolan, que conta a história do físico J. Robbert Oppenheimer, criador da primeira bomba atômica – aquela empregada na destruição de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, ao final da segunda guerra mundial – se popularizou um simulador, disponível no site NuclearSecrecy, que calcula qual seria o estrago de uma explosão semelhante em diferentes cidades do mundo.

O Correio de Carajás simulou o tamanho da tragédia caso uma bomba de mesma proporção, ou seja, 25 quilotons e arremessada a uma altitude de 200 metros, fosse arremessada nas duas principais cidades do sudeste do Pará: Marabá e Parauapebas.

No primeiro caso, se lançado sobre a rotatória entre as Folhas 32, 31, 26 e 27, na Nova Marabá, o artefato mataria instantaneamente 27.940 pessoas. Outras 9.750 ficariam feridas. Em Parauapebas, se jogada a bomba na região central, seriam pelo menos 9.020 mortes imediatas e 7.100 vítimas feridas.

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Simulação em Marabá

O site explica que em um raio de 263 metros da explosão se forma uma bola de fogo e em 1,1 km² há uma sobrepressão que danifica ou demole construções de concreto fortes construídas. Em todo esse trecho as mortes se aproximam de 100%.

A partir daí, em até 4,85 km², a maioria dos edifícios residenciais desaba e há fatalidades generalizadas. Há, ainda, altas chances de incêndios em imóveis comerciais e residenciais.

Em até 6,22 km² a dose de radiação é provavelmente fatal em cerca de um mês. Dentre os sobreviventes, 15% acabarão morrendo de câncer como resultado da exposição à radiação.

Simulação em Parauapebas

Em 11,5 km² são diagnosticadas queimaduras de terceiro grau em todas as camadas da pele, normalmente indolores porque os nervos são destruídos. Esses ferimentos podem causar cicatrizes ou incapacidades graves, incluindo a necessidade de amputação.

Em um raio de até 32 km² pode-se esperar que as janelas de vidro quebrem, o que também pode causar ferimentos na população.

Conforme informa o site, modelar vítimas de um ataque nuclear é difícil e os números simulados devem ser vistos como sugestivos, não definitivos. Os efeitos da precipitação podem depender das ações que as pessoas tomam após a detonação.  (Da Redação)