Correio de Carajás

Marabá poderia ter 27.940 mortes imediatas se bomba atômica fosse lançada na cidade

Bomba atômica jogada em Hiroshima, pelos EUA, em 1945
✏️ Atualizado em 28/07/2023 09h27

Na onda do filme Oppenheimer, dirigido pelo cineasta Christopher Nolan, que conta a história do físico J. Robbert Oppenheimer, criador da primeira bomba atômica – aquela empregada na destruição de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, ao final da segunda guerra mundial – se popularizou um simulador, disponível no site NuclearSecrecy, que calcula qual seria o estrago de uma explosão semelhante em diferentes cidades do mundo.

O Correio de Carajás simulou o tamanho da tragédia caso uma bomba de mesma proporção, ou seja, 25 quilotons e arremessada a uma altitude de 200 metros, fosse arremessada nas duas principais cidades do sudeste do Pará: Marabá e Parauapebas.

No primeiro caso, se lançado sobre a rotatória entre as Folhas 32, 31, 26 e 27, na Nova Marabá, o artefato mataria instantaneamente 27.940 pessoas. Outras 9.750 ficariam feridas. Em Parauapebas, se jogada a bomba na região central, seriam pelo menos 9.020 mortes imediatas e 7.100 vítimas feridas.

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Simulação em Marabá

O site explica que em um raio de 263 metros da explosão se forma uma bola de fogo e em 1,1 km² há uma sobrepressão que danifica ou demole construções de concreto fortes construídas. Em todo esse trecho as mortes se aproximam de 100%.

A partir daí, em até 4,85 km², a maioria dos edifícios residenciais desaba e há fatalidades generalizadas. Há, ainda, altas chances de incêndios em imóveis comerciais e residenciais.

Em até 6,22 km² a dose de radiação é provavelmente fatal em cerca de um mês. Dentre os sobreviventes, 15% acabarão morrendo de câncer como resultado da exposição à radiação.

Simulação em Parauapebas

Em 11,5 km² são diagnosticadas queimaduras de terceiro grau em todas as camadas da pele, normalmente indolores porque os nervos são destruídos. Esses ferimentos podem causar cicatrizes ou incapacidades graves, incluindo a necessidade de amputação.

Em um raio de até 32 km² pode-se esperar que as janelas de vidro quebrem, o que também pode causar ferimentos na população.

Conforme informa o site, modelar vítimas de um ataque nuclear é difícil e os números simulados devem ser vistos como sugestivos, não definitivos. Os efeitos da precipitação podem depender das ações que as pessoas tomam após a detonação.  (Da Redação)