Correio de Carajás

‘Vi um amarelo brilhando’, diz menino que achou ouro em mina

Pedra foi encontrada durante a excursão de uma escola de Carmo do Rio Claro (MG) para São João Dei Rei.

Aluno de 12 anos encontra pepita de ouro em excursão escolar em mina desativada em MG — Foto: Arquivo Pessoal / Junio César Oliveira Martins

“Fui olhando pro outro lado e vi um negócio amarelo brilhando. Num momento pensei que era uma sujeira”.

 

Foi assim que o estudante de 12 anos, Álvaro Henrique Dias Freire, encontrou uma pepita de ouro em uma mina desativada em São João Del Rei (MG). O adolescente é de Carmo do Rio Claro (MG) e estava em excursão com a escola onde estuda.

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A visita à Mina de Ouro Tancredo Neves aconteceu como parte da programação de aulas do Instituto de Educação e Cultura de Carmo do Rio Claro. Cerca de 41 alunos embarcaram na jornada.

“O guia Giovane estava falando e eu comecei a olhar para as rochas. Atrás dele tinha uma mão de marca de barro que alguém deve ter encostado lá e sujado a mão. Aí eu fui olhando pro outro lado e vi um negócio amarelo brilhando. Num momento pensei que era uma sujeira, mas na hora que perguntei pra ele [guia] e ele disse que era ouro fiquei muito feliz”.

A mina, segundo o responsável, está desativada há 50 anos. Atualmente ela é aberta apenas para visitação turística e não é explorada mais. A pepita encontrada pelo Álvaro foi uma surpresa.

“No momento eles não acreditaram, mas na hora que o guia Giovane falou que era ouro, todo mundo ficou surpreso, perguntando se era verdade que era um ouro mesmo”.

Aluno de 12 anos encontra pepita de ouro em excursão escolar em mina desativada em MG — Foto: Arquivo Pessoal / Junio César Oliveira Martins
Aluno de 12 anos encontra pepita de ouro em excursão escolar em mina desativada em MG — Foto: Arquivo Pessoal / Junio César Oliveira Martins

Muito curioso e atencioso, o que chamou a atenção do adolescente foi um brilho vindo das rochas.

‘Eu fiquei muito empolgado, porque eu não sabia como achar um ouro, não sabia como que era um ouro, nunca tinha visto de perto”.

 

Além dos colegas de escola, Álvaro estava acompanhado da mãe e do irmão caçula durante a viagem. Ruth não desceu até a mina. A notícia de que o filho encontrou ouro deixou a mãe toda orgulhosa.

“Nossa, é um mistério. Eu fiquei sem entender. Igual o guia falou, demorou muito tempo, a mina estava desativada. Ele ter essa observação e encontrar uma coisa que é querida e almejada por todos é incrível e satisfatório. Não imaginávamos”, afirmou Ruth Dias Freire, mãe do Álvaro.

Aluno de 12 anos encontra pepita de ouro em mina desativada em MG — Foto: Lucas Magalhães/EPTV
Aluno de 12 anos encontra pepita de ouro em mina desativada em MG — Foto: Lucas Magalhães/EPTV

Olhar atencioso e questionador

 

A viagem aconteceu na última sexta-feira (7). O professor de História foi responsável pela turma durante a excursão. Ele contou que levou os alunos para uma visita cultural nas cidades históricas de São João Del Rei e Tiradentes.

Segundo o professor, durante a descida à Mina, Álvaro teria questionado o guia se o brilho visto nas rochas seria ouro. Porém, foi informado que o local estava desativado há décadas.

No entanto, ele não ficou satisfeito e questionou novamente. Foi então que foi contatado que o brilho era uma pepita de ouro.

Aluno de 12 anos encontra pepita de ouro em excursão escolar em mina desativada em MG — Foto: Arquivo Pessoal / Junio César Oliveira Martins
Aluno de 12 anos encontra pepita de ouro em excursão escolar em mina desativada em MG — Foto: Arquivo Pessoal / Junio César Oliveira Martins

Ainda segundo o professor, o responsável pela Mina de Ouro Tancredo Neves desce os sessenta metros diariamente e nunca havia percebido a pepita de ouro.

Patrimônio com finalidade pedagógica

 

O professor Junio César Oliveira Martins informou que a pepita será tratada como “um bem do patrimônio para finalidade didática pedagógica”. Por isso, ainda será definida se o ouro ficará na escola ou em museu.

“É preciso frisar que por ser um bem encontrado em mina turística, não deve ser comercializado”, explicou o professor.

(Fonte: G1)