O workshop de atuação criminal frente às leis da Escuta Protegida e Henry Borel está sendo ministrado nesta quarta-feira (5), no auditório da Câmara Municipal de Marabá (CMM). O evento é organizado pelas Promotorias de Justiça da Infância e Juventude e tem como público alvo membros da rede de proteção dos direitos da criança e do adolescente, contando com palestras e debates, combatendo a violação e a violência dentro da própria rede.
A ação conjunta forma agentes do sistema de Marabá, Bom Jesus do Tocantins, Nova Ipixuna e São Domingos. A promotora Jane Cleide da Silva, que está à frente do workshop, conversou com a reportagem deste CORREIO e explicou que as leis que integram a temática do evento trazem uma série de garantias na escuta e na proteção da criança e do adolescente em situações de violações.
“Nossa intenção é garantir que durante o atendimento nos casos em que menores são vítimas ou testemunhas de crime, a criança ou o adolescente não passe por mais violações, garantindo seus direitos. Não seja ‘revitimizada’”, pontua.
Leia mais:Agentes e escrivães da Polícia Civil, conselheiros tutelares, técnicos, psicólogos, assistentes sociais, agentes da saúde e da educação que trabalham diretamente com crianças e adolescentes foram convidados e participam do curso intensivo de curta duração para que esses não caiam no erro de, ao invés de proteger e respeitar o direito da criança e do adolescente, o viole novamente.
Na primeira palestra do dia, realizada por Alethea Bernardo, chefe de cartório da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (Dav) da Polícia Civil do Estado do Pará, as medidas protetivas de urgência previstas na lei Henry Borel e suas implicações, na prática, foram discutidas. A escrivã pautou a postura corporal receptiva, o comportamento amigável e o contato visual no suporte às vítimas.
Além disso, o respeito com os sentimentos e as vontades da criança e do adolescente, o compromisso com a verdade e promessas e o desestimulo de segredos também foram abordados no workshop. (Thays Araujo)