No Dia Nacional do Controle da Asma, dia 21 de junho, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) orienta a população sobre como o acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma a prevenir o agravamento de sintomas, que só em 2022 registrou 3.390 internações devido à doença no Pará.
A médica pneumologista Fátima Amine, que atua como coordenadora do Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante (Cratf) da Sespa, explica que a asma é uma doença inflamatória crônica que causa obstrução reversível das vias aéreas, podendo se manifestar em todas as idades. No entanto, a maioria dos casos é diagnosticada na infância e é comum haver a ocorrência em pessoas de uma mesma família.
Os sintomas variam entre falta de ar, tosse seca, chiado e opressão no peito. As crises asmáticas são causadas pela presença dos chamados “alérgenos”, que são as substâncias capazes de provocar alergias, como a poeira, o mofo e a fumaça. Em outros casos, resfriados, gripes, pneumonia e até o uso de medicamentos aumentam as chances de crises.
Leia mais:O diagnóstico ocorre a partir dos exames físico e de função pulmonar (espirometria) associados com o histórico clínico do paciente. Em crianças de até cinco anos, apenas o diagnóstico clínico é o bastante.
Rede de assistência – Caso a pessoa esteja com sintomas de asma ou qualquer dificuldade respiratória não-emergencial, deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Em casos mais complexos, o paciente terá o devido encaminhamento para a rede de hospitais do Pará que atendem média e alta complexidade pelo SUS, que fornece tratamento gratuito aos asmáticos por meio do Programa Farmácia Popular.
Fátima Amine esclarece que a asma não tem cura. “Mas há casos em que pessoas manifestam sintomas na infância e, quando adultos, deixam de apresentar os sinais”, explica, ao mencionar que o tratamento varia para cada paciente e que, na maioria das ocasiões, adotam-se medicamentos corticoides inalatórios e broncodilatadores, que trazem alívio ao paciente asmático.
Quando bem realizado pelo paciente, o tratamento garante maior qualidade de vida e redução da ocorrência de crises ao paciente, que reduzirá as chances de desenvolver novas crises.
As famílias de pessoas com asma podem também ajudar na tarefa de identificar as razões que provocam as crises da doença, como pelos de animais, poeira doméstica, o uso de roupas guardadas há muito tempo e ambientes excessivamente úmidos.
“São hábitos de higiene que também incluem a adoção ambientes livres e arejados”, alerta a especialista. Outra atitude essencial para os asmáticos é manter as vacinas em dia, sobretudo contra a gripe, que pode reduzir a ação de infecções respiratórias, além de assegurar a hidratação tomando água.
(Agência Pará)