Uma fonte ligada ao Hospital Municipal de Marabá (HMM) confirmou que um dos funcionários do frigorífico JBS em Marabá chegou a ficar 4 horas intubado após ter inalado amônia. O vazamento do gás ocorreu na manhã da última segunda-feira (12). Esse funcionário, assim com os outros, deve prestar depoimento nos próximos dias para o delegado Aurélio Paiva, da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (DEMAPA), da Polícia Civil, que veio de Belém para investigar o vazamento ocorrido em Marabá.
De acordo com o delegado, neste momento a equipe dele ainda não tem informações concretas sobre qual a gravidade de cada paciente, mas as primeiras medidas para tomar pé dessa situação estão sendo tomadas. “Foi oficiado ontem (quarta-feira) ao Hospital Municipal e até ao atendimento da Unimed, porque algumas pessoas foram ali encaminhadas, e possivelmente nós ouviremos essas pessoas”, afirmou.
Essa informação sobre um paciente intubado vai de encontro com o que disse o coronel Edgar Augusto da Gama Góes, novo comandante regional do Corpo de Bombeiros, que afirmou, com todas as letras, que “não foi verdade”.
Leia mais:A firmação foi feita da tribuna da Câmara Municipal de Marabá, justamente no dia da sessão comemorativa ao Dia da Imprensa. De todo modo, o inquérito tombado pela DEMAPA deve colocar essa situação em pratos limpos.
Outra questão que ainda está por ser esclarecida é sobre a quantidade de funcionários que tiveram de ser socorridos tanto no HMM quanto no Hospital da Unimed, pois o próprio comandante Góes disse que foram 51 pessoas, mas anteriormente falou-se em 48, 40 e inicialmente em 37 funcionários socorridos.
JBS nega que paciente foi intubado
Em nota, a JBS informou que a situação na unidade de Marabá está normalizada. “Os colaboradores que precisaram de assistência médica foram prontamente atendidos e todos apresentaram sintomas leves. Não procede a informação de que um colaborador teria sido intubado”, diz a JBS.
Mais uma vez, a nota de esclarecimento da JBS, sobre o vazamento de amônia ocorrido dentro de sua unidade em Marabá, não usa as palavras “vazamento” nem “amônia”.
(Chagas Filho)
Atualizada em 16/06/2023 às 08h40