Familiares e amigos de Deyvison Charles Rios da Silva, jovem de 16 anos, assassinado em 21 de novembro de 2022, realizaram uma manifestação em frente ao Fórum de Parauapebas nesta terça-feira (13), depois que foi informado que o acusado do homicídio, Valmir Nascimento Marinho, que se entregou à polícia na semana passada, passaria por uma audiência de custódia para ter sua prisão revisada.
O advogado da família, Delvson Serejo Almeida, que está habilitado no processo como assistente de acusação e acompanha o processo de perto, afirmou que “o principal objetivo da família é que se mantenha a prisão do acusado de homicídio, visto que não tem nenhum pressuposto judicial para que ele seja libertado.”
A reportagem do CORREIO esteve no local da manifestação, onde conversou com familiares de Deyvison.
Leia mais:A mãe do jovem, Silvana da Silva Rios, pediu justiça e falou sobre o sofrimento da família: “Eu sofro todos os dias. Eu tenho certeza que esse homem se entregou porque ele não aguentava a culpa”. Ela ainda afirmou que os familiares voltarão a se manifestar.
Já Cauê Henrique da Conceição Bezerra, que estava próximo a Deyvison no momento do homicídio, contou detalhes da morte do jovem: “Nós tínhamos acabado de chegar lá. Cerca de um minuto depois apareceu esse homem com uma arma na mão e atirou na cabeça de Deyvison. Olhei para o lado e meu amigo estava no chão, sangrando”. Ele ainda tentou prestar socorro, junto de um amigo, à vítima, mas o jovem não resistiu ao ferimento.
Fabrícia Pereira da Silva, madrinha da vítima, destacou a necessidade de justiça para que a família possa superar a dor da perda de Deyvison: “A gente está aqui para pedir que a sociedade veja com bons olhos, que nos ajude. Em especial, pedir ao poder judiciário que se coloque no nosso lugar. A gente quer que ele permaneça preso e pague pelo crime dele, que foi responsável pelo sofrimento de uma família inteira e pela perda de uma criança.”
Com a manifestação, a família espera que o Judiciário mantenha a prisão do acusado e garanta que ele responda todo processo preso e futuramente seja condenado, garantindo assim a justiça para Deyvison Charles Rios da Silva.
RELEMBRE O CASO
O crime teria sido motivado por um desentendimento entre o acusado e um terceiro homem que teria impedido o acusado de agredir as filhas. O caso aconteceu na Rua Jerusalém, em Palmares II, zona rural de Parauapebas.
Segundo o diretor da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, delegado Erivaldo Campeiro, as investigações foram iniciadas na data do assassinato e, recentemente, a prisão preventiva do homem foi deferida.
No último dia 28 de maio, Valmir se apresentou espontaneamente. Durante o interrogatório, ele usou o direito de permanecer em silêncio. (Clein Ferreira – com informações de Ronaldo Modesto)