Correio de Carajás

Marabichos fará feira de adoção no dia 16

Evento também vai arrecadar fundos para custear a castração e tratamentos de animais abandonados em Marabá

Feira de adoção de animais da Unifesspa será realizada no dia 16 deste mês, na Unidade III

O projeto de extensão “Marabichos” responsável por todo cuidado dos animais caninos e felinos que vivem na Unidade III da Unifesspa, em Marabá, fará uma feira de adoção no dia 16 de junho. A feira faz parte das comemorações do aniversário de 10 anos da Unifesspa e foi organizado em parceria com a reitoria e professores do curso de Medicina Veterinária, do Instituto de Estudos do Trópico Úmido (IETU), de Xinguara.

Das 8h às 18h acontecerá a segunda edição do Bazar Solidário Marabichos, com o intuito de arrecadar fundos para custear a manutenção, castração e tratamentos veterinários da população de animais abandonados na Unidade III.

No Sigeventos está aberta uma atividade de extensão para selecionar colaboradores para ajudar com a logística dos dois eventos, atividade compreenderá o apoio logístico e colaborativo para realização de bazar e feira de adoção. Aos participantes devidamente inscritos será emitido certificado com 10h de atividade complementar, as inscrições vão até o dia 11 de junho e são 20 vagas disponíveis.

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Os animais disponíveis para adoção na feira serão apenas felinos, adultos e filhotes. Fotos com descrição dos animais podem ser encontradas no Instagram do projeto (@Marabichos). Para realizar a adoção responsável será necessário preencher o questionário de adoção e passar por uma entrevista, se o adotante estiver apto e cumprir os requisitos, ele deverá preencher e assinar o termo de adoção responsável.

O projeto Marabichos realiza ações diárias para o cuidado dos animais abandonados na Unidade III, como a manutenção da alimentação e tratamentos de saúde dos animais, cuidados veterinários quando necessário, recolhimento de doações de itens para o bazar e recebimento de doações de ração, que é recolhido na caixa coletora disponível no Bloco Central da Unidade III.

Existem algumas ações mensais como a campanha de fidelização de doações para compra de ração e ações pontuais, como a rifa solidária que está à venda no momento e mais uma projetada para o dia das crianças. No início do semestre letivo foi realizado junto a Atlética Cranívora do curso de Ciências Biológicas o “trote solidário” com os alunos calouros, com apresentação do projeto e doação de ração e itens para o bazar, rodas de conversa e exposição do projeto e palestras curtas nas salas de aula sobre a importância dos animais e cuidados e posse responsável.

No Brasil, existe cerca de 30 milhões de animais abandonados, a adoção responsável é um importante movimento para reduzir esse número. A adoção de um animal não é a apenas leva-lo para casa. A responsabilidade começa antes, com toda a reflexão sobre os cuidados com esse novo animal e as alterações que um animal cria na rotina da casa.  Além do aspecto afetivo, essa responsabilidade obriga a atender as necessidades do animal, zelando por sua saúde, alimentação e segurança, refletindo inclusive em questões de saúde pública.

Uma posse responsável, seja por adoção (o mais adequado) ou compra (hoje bastante criticado) requer que o tutor tenha condições financeiras para prover o animal com boa alimentação, água, vacinas, medicamentos, consultas regulares ao médico veterinário e castração. Além de fornecer ao animal condições para seu bem estar psicológico, como brincar, não manter confinado, preso, acorrentado. No caso de gatos, não permitir acesso às ruas. Todos os animais devem ser castrados. Isso é importantíssimo em uma posse responsável, pois a superpopulação de animais é resultante de abandonos por tutores que não castraram seus animais.

O projeto Marabichos tem ainda a missão de conscientizar a população sobre a importância da adoção e posse responsável, mas, principalmente sobre a questão dos abandonos e maus tratos. Frequentemente os animais abandonados sofrem violência nas ruas, atropelamentos, mortes e são vítimas de crimes cruéis, podem transmitir ou serem vítimas de doenças que são chamadas de zoonoses, pois afetam os humanos (como raiva, leishmaniose), ou ainda doenças como sarnas, parasitoses e outras, por não receberem os cuidados adequados de seus tutores originais.

Animais abandonados são vítimas de pessoas irresponsáveis e, segundo a Lei de Crimes Ambientais e Declaração Universal dos Direitos dos Animais, todos os seres vivos tem direito à uma vida, sem sofrer maus tratos, práticas essas, que devem ser punidos na forma da lei (Lei 14.064 (2020).