Desde 2007, quando o Conselho Internacional de Arquivos instituiu a data, é comemorado em 9 de junho o Dia Internacional dos Arquivos. A celebração ressalta que os arquivos – espalhados ao redor do mundo – são fontes de provas, construtores de identidade e guardiões da memória e de informações orgânicas.
Detentores de uma imensa história, os arquivos desempenham um papel fundamental na preservação e acesso aos registros históricos e patrimônios culturais.
Em Marabá, o Arquivo Histórico Manoel Domingues, da Fundação Casa da Cultura, possui um amplo acervo documental histórico do município e da região. Sua difusão contribui nos estudos e pesquisas, além de auxiliar os trabalhos educacionais de escolas e estudantes de graduação, pós graduação, mestrado e doutorado.
Leia mais:Reinaugurado no dia 14 de abril de 2022, em alusão ao aniversário de 109 anos de Marabá, o arquivo possui milhares de documentos raros, fotos, discos, objetos, cartas, mapas e coleções.
Dispondo de uma mesa digital touch screen, o visitante pode experienciar a facilidade do acesso aos documentos, já que grande parte do acervo está digitalizada.
“Os escritos e manuscritos contam a história de toda a região e, atualmente, a Fundação é a única que mantém todo esse acervo. É uma obrigação do poder público guardar isso com todo cuidado e criar um espaço para que as pessoas possam pesquisar com mais facilidade. Construímos um espaço acolhedor e moderno. A mesa digital facilita o acesso. Temos preciosidades do Cine Marrocos, por exemplo. Então, não é um espaço para pesquisadores, é um espaço para a população e, desde que o reinauguramos, ele tem sido visitado diariamente por estudantes e pesquisadores que usufruem de uma riqueza imensurável”, ressalta a presidente da FCCM, Vanda Américo.
O Arquivo Histórico de Marabá é permanente e é composto por documentos de caráter histórico ou probatório, que devem ser preservados independentemente do tempo, da procura ou do uso.
Relevância de quem guarda a história
O Arquivo Histórico Manoel Domingues se configura como um “lugar de memória”, tendo como finalidade o valor de preservar a materialidade de processos históricos da cidade e da região.
Para a historiadora Lara Luz, o arquivo tem relação com o poder da consolidação da identidade individual e coletiva. “Isso envolve o simbolismo e significado que se dá à presença física da memória. Assim, é um local de representação do passado de determinado grupo, comunidade ou sociedade”, explica, ressaltando o orgulho que tem em contribuir na construção do conhecimento e na preservação de informações.
O Arquivo Manoel Domingues fica localizado na Fundação Casa da Cultura de Marabá, na Folha 31, no Núcleo Nova Marabá, e fica aberto de segunda à sexta, das 8h às 16h. (Ana Mangas)